B. Sá saúda Governo por decisão de recuperar malha ferroviária nacional; Coordenador da Bancada lembrou a Transnordestina

O deputado B. Sá(PPS-PI), coordenador da Bancada do Nordeste , fez discurso na tarde desta segunda, em pequeno expediente, em que saudou a iniciativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que anunciou na última sexta um programa de recursos do BNDES para atender a revitalização da malha ferroviária nacional. Ele destacou a importância da Transnordestina para a economia do Nordeste brasileiro.



Confira o discurso, na íntegra:



“ Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, nesta tarde, faço uma louvação ao Presidente Lula por ter feito oficialmente, na sexta-feira da semana passada, em Campinas, no Estado de São Paulo, o lançamento de um programa com recursos do BNDES e do Erário para, em parceria com a iniciativa privada, fazer uma série de ações, tais como a recuperação de ferrovias e a conclusão e ampliação da malha ferroviária em outros pontos do Brasil. Reputo esse programa da maior importância. Todos que são entendidos em engenharia de tráfego sabem que qualquer transporte rodoviário que ultrapasse os 100 quilômetros já começa a ser economicamente inviável por conta do custo do frete.



Por outro lado, vivemos num País continental cuja malha ferroviária é de aproximadamente 28 mil quilômetros. Muitas de nossas rodovias estão em precário estado e com problemas até mesmo de padronização de bitolas. Ora se têm estradas de ferro mais antigas, com distância entre os trilhos de 1 metro, ora tem estradas de ferro mais modernas, com distância entre os trilhos de 1,60 metros, o que é ideal. Por outro lado, sabemos que mais de 60% das cargas nacionais são transportadas por rodovias, que cerca de 24%, por ferrovias e em torno de 14%, por hidrovias.



Temos essa brutal dificuldade no Brasil. Por isso éalvissareiro recebermos o informe de que o Governo Federal, por meio das PPs, está fazendo o maior esforço possível para concluir a Ferrovia Norte/Sul, que vai de Açailândia até Anápolis, no Planalto Central, e principalmente esse é o objeto principal da minha fala outra estrada fundamental para minha região: a Ferrovia Transnordestina.



Essa ferrovia possibilitará que produtos desenvolvidos na Região Nordeste, particularmente nas grandes fronteiras agrícolas do cerrado do Maranhão e do Piauí, possam chegar mais facilmente aos Portos de Suape, em Pernambuco, e Pecém, no Ceará, considerados os mais modernos do País, mas cuja capacidade de utilização não alcança nem 50% do seu potencial.



A Ferrovia Transnordestina, Sr. Presidente, interessa de perto ao meu Estado, pois ela está sendo traçada a partir das cidades de Eliseu Martins e Colônia do Gurguéia, onde o cerrado do Piauí começa a se desenvolver, às margens do Rio Gurguéia, avançando por todo o nordeste do Estado atéa fronteira com Pernambuco, em Araripina. De modo que essa linha férrea, a partir daí, abre um ramal, um eixo de Pernambuco, para chegar ao Porto de Suape, e outro, no rumo do Ceará, para chegar ao Porto de Pecém.



Ao Piauí essa estrada de ferro interessa não só para o transporte de soja produzida na grande fronteira agrícola do cerrado, mas também ao pólo de produção de cimento, jáinstalado na região de Pio IX, fronteira do Estado.



Também outro projeto, em fase final de cubagem, de avaliação, diz respeito à prospecção mineral pela Companhia Vale do Rio Doce, na região de São João do Piauí e Capitão Gervásio Oliveira, para produção de níquel. O traçado da ferrovia vai atender a 3 focos já desenvolvidos no Piauí, sem falar quanto seráimportante para o transporte de passageiros e de cargas, que certamente aumentarão a partir do instante em que houver esse estímulo e as parcerias privadas alcançarem também regiões de muita água no Estado, principalmente no Vale do Rio Gurguéia.



Sr. Presidente, peço, em primeiro lugar, a Deus e, em segundo lugar, determinação do Governo Federal para que leve à frente esse projeto de incentivo ao transporte ferroviário, porque no que tange è Ferrovia Transnordestina ela éfundamental para o desenvolvimento do Piauí.”



(da redação com informações da taquigrafia da Câmara Federal)

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