Bancada do Nordeste. Nordestinos parabenizam ministro pelo “Mais Médicos”, porém entendem que é necessário aumentar número de médicos formados

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(Brasília-DF, 04/09/2013) Todos os 17 deputados nordestinos que utilizaram a palavra durante o encontro com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, na manhã desta quarta-feira, 04, parabenizam a iniciativa do Ministério de ter lançado o Programa “Mais Médicos para o Brasil, Mais Saúde para Você”.



Porém, foi unânime também por parte dos parlamentares nordestinos que é necessário o País aumentar número de médicos formados em suas universidades. Medida que faz parte da estratégia do governo federal disposta na Medida Provisória (MP) 621/13 que instituiu o Programa “Mais Médicos”.



As declarações de apoio aconteceram durante o “Café da Manhã” que



o Ministério da Saúde ofereceu aos deputados da região na cobertura do Anexo II daquela Pasta, em Brasília. O primeiro a falar foi o deputado Júlio César (PSD-PI) que pediu, apenas, esclarecimentos sobre os motivos da pouca formação médica brasileira.



O pessedista piauiense requereu, ainda, informações de como é o convênio entre o governo brasileiro e cubano para a vinda dos médicos daquele País ao Brasil. Fato que detalhado pelo ministro de que os médicos cubanos irão receber de 40% a 50% dos valores da Bolsa (R$ 10 mil) concedidos pelo governo federal.



BAHIA – Já os baianos Amauri Teixeira (PT-BA) e Daniel Almeida (PCdoB-BA) pediram ao ministro informações sobre o número de médicos que será enviado pelo governo federal, dentro do Programa federal, para o Estado da Bahia. Informação que não foi respondida pelo ministro.



Ambos quiseram saber, também, as perspectivas que a Bahia possui de receber as novas vagas nos cursos de medicina, assim como da abertura de mais cursos de graduação médica naquele Estado. Padilha informou, an passant, que o governo trabalha ainda nesta matéria e que a informação exata teria que ser obtida junto ao Ministério da Educação (MEC).



DEMISSÃO – O deputado Alexandre Toledo (PSDB-AL) falou do receio



de que alguns prefeitos possam impor demissões em seus médicos para serem inclusos no ”Mais Médicos”. O ministro informou que isso não irá acontecer.



DEFESA DA MP – Por sua vez, o deputado Paulão (PT-AL) destacou que é de suma importância que a Bancada do Nordeste defenda a MP 621 que criou o Programa “Mais Médicos”. O petista alagoano não fez críticas ou, tampouco, sugestões. No mesmo sentido foram as falas dos deputados José Airton (PT-CE) e Severino Ninho (PSB-PE).



CEARÁ – Na mesma linha dos parlamentares baianos, os deputados Eudes Xavier (PT-CE) e Gorete Pereira (PR-CE) solicitaram ao ministro uma atenção maior ao Estado para que as instituições de ensino do Ceará, que prestam serviços de saúde, direto à população, como as policlínicas recebam os profissionais que serão ofertados pelo “Mais Médicos”.



SUGESTÃO – O deputado Valmir Assunção (PT-BA) sugeriu ao ministro que fosse criada uma Escola Nacional de Medicina para que , de fato, o Brasil possa aumentar o número de médicos formandos no País. Sem apresentar sugestões, o deputado Zezéu Ribeiro (PT-BA) criticou os valores culturais que sustentam as teses daqueles que são contrários à MP 621.



MENOS BUROCRACIA – Os deputados Jesus Rodrigues (PT-PI) e Alice Portugal (PCdoB-BA) pediram ao ministro que o governo pudesse apresentar mecanismos que destravassem as burocracias do Financiamento da Educação Superior (FIES). Como exemplo, os parlamentares ilustraram as dificuldades que as famílias dos estudantes possuem para conseguir aderir ao programa estudantil.



A deputada baiana falou, ainda, da importância da MP 621 conter uma revisão da graduação acadêmica dos cursos de medicina. Para ela, as faculdades de medicina foram moldadas num ambiente “elitista” e “excludente” que precisa ser substituído por um outro que seja de inclusão.



ALTERAÇÃO NA CARREIRA – O deputado Assis carvalho (PT-PI) cobrou do ministro Padilha que o governo estude a possibilidade de alterar os Planos de Carreiras dos médicos junto ao Estado brasileiro, para que se institua um modelo de atuação exclusiva. Segundo o petista piauiense, médico contratado pelo governo não pode também prestar serviços particulares.



APOIO TUCANO – O apoio dos nordestinos ao “Mais Médicos” foi tamanho que até o deputado Carlos Brandão (PSDB-MA) disse palavras de incentivo ao programa federal. O único ponto discutido pelo tucano foi o convênio entre Brasil e Cuba para importar médicos daquele País. No resto, o parlamentar defendeu os mecanismos previstos pela MP, inclusive, os dois anos a mais na formação médica dentro do SUS (Sistema Único de Saúde), que o governo já aceitou retirar do texto da MP.



O tucano pediu, também, a ampliação do Programa “Farmácia Popular” que fornece, gratuitamente, alguns tipos de medicamentos à população brasileira. Ele entende que a ampliação deste programa, com mais remédios podendo ser adquiridos por meio dele, irá melhorar o quadro da saúde no País.



MAIS INFRAESTRUTURA – Já a deputada Sandra Rosado (PSB-RN), pediu que o Ministério da Saúde fiscalize a infraestrutura de saúde que cabe aos Estados e municípios. A socialista criticou a vinda dos médicos cubanos por meio do convênio, que foi assinado entre o governo brasileiro e cubano.



AMPLIAÇÃO DO SAÚDE DA FAMÍLIA – Por fim, o deputado Mário Negromonte (PP-BA) solicitou que o governo brasileiro amplie o Programa “Saúde da Família”, sobretudo nos Estados e nas regiões mais carentes. Segundo o pepista baiano, este programa é um grande auxílio dos municípios para melhorar os indicadores da saúde pública no País.



(por Humberto Azevedo, especial para Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)