Bancada do Nordeste. Presidenta do CIC explica metodologia de trabalho do Integra Brasil

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( Publicada originalmente às 21h 50 do dia 08/08/2013)



(Brasília-DF, 09/08/2013) A reunião da Bancada do Nordeste teve como convidada a presidente do Centro Industrial do Ceará (CIC), Nicolle Barbosa, que explanou sobre o Integra Brasil, nesta quinta-feira, 8. Ela iniciou sua palestra explicando que o movimento pretende reduzir as desigualdades regionais. A metodologia é partir de tudo o que já foi discutido do Nordeste, um banco de dados com diagnósticos, e traçar estratégias e propostas para mudar a realidade da região que tem mudado, mas não o suficiente. Isso com a participação dos políticos.



“Desde 1939, enquanto o Brasil criou dados estatísticos confiáveis, o PIB per capita do Nordeste não chega sequer à metade do PIB per capita nacional. O que nós precisamos mudar com maior velocidade é o desenvolvimento do Nordeste, para que seja alcançado, com maior rapidez, a gente chegar a 70% do PIB per capita nacional, em 20 anos”, esclareceu.



Para atingir a meta as discussões do seminário do Integra Brasil Fórum Nordeste no Brasil e no Mundo, iniciativa do CIC e da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), que se realizará entre os dias 27 e 29 de agosto, parte de algumas premissas.



COITADINHO – De acordo com Nicolle Barbosa, a premissa inicial é o “Nordeste visto por suas potencialidades e não por suas vulnerabilidades”. A presidente do CIC, contou que o nordestino cresceu, aprendendo que era o “coitadinho”, um peso para a nação.



“Mas, nós levantamos que somos parte integrante da nação para o crescimento econômico do País. Temos nossa localização estratégica, tanto perto dos EUA, quanto da Europa, quanto da África. E, com a abertura do Canal do Panamá, nós vamos ser o ponto mais próximo para a Ásia”, disse Nicolle.



UNIÃO EUROPEIA – Outra premissa é redução das desigualdades regionais por meio da integração econômica.



“Nós precisamos integrar o Nordeste a todo o País e ao mundo. E temos as lições da União Europeia. Nenhum país ou unidade federativa sobrevive com desigualdades”, assinalou Barbosa.



WORKSHOPS – A presidente do CIC informou aos parlamentares da bancada que foram realizados seis workshops e uma mesa redonda na Paraíba. Em Fortaleza, foram discutidas a sistematização de dados e a informação de análises.



“E depois partimos para os workshops e a mesa redonda. Fizemos quatro workshops, “Situação atual e as transformações recentes”, que aconteceu em Salvador no dia 15 de julho. “O Nordeste visto de fora” acontecerá no Rio de Janeiro, dia 19 (próximo) na sede do BNDES. Lá nós vamos ver “Como somos vistos”, para a gente traçar a estratégia de como queremos ser vistos. “Aspectos políticos institucionais de desenvolvimento” foi realizado em Fortaleza no dia 4 de julho. “Aspectos estratégicos do desenvolvimento” aconteceu em Recife no dia 26 e a mesa redonda aconteceu na Paraíba, em Campina Grande, “As desigualdades regionais na economia nordestina: soluções e encaminhamentos”.



Nicolle acrescentou que estavam previstos quatro workshops, mas depois de algumas andanças por cidades da região houve a cobrança para se discutir as desigualdades dentro próprio Nordeste.

SEMINÁRIO – Durante o seminário que acontecerá entre os dias 27 e 29 vamos ter uma exposição da Fundação Celso Furtado, da jornada ao longo desses 14 meses de trabalho do Integra Brasil, além de algumas empresas no Centro de Exposições do Ceará.

Todo o conjunto de discussões dos temas abordados no seminário gerará um plano estratégico de ação política. E será encaminhado ao Congresso Nacional.

“E nesse plano estratégico, ele vai ganhar vida e forma aqui dentro do Congresso nas mãos dos senhores. As propostas surgirão de acordo com o andamento dos workshops nos estados e também com a conclusão do seminário”, detalhou.



A presidente do CIC frisou que o Integra Brasil é uma iniciativa do setor produtivo do Nordeste, indústria, comércio e agricultura. Com apoio de patrocinadores e federações estaduais das indústrias.



“Devemos pensar no Nordeste, na qualidade de brasileiros, de cidadãos de uma nação soberana e não como habitantes de uma região dependente, cujo destino se decide alhures”, citou Nicolle, a frase de Celso Furtado, ao encerrar sua participação.



(por Maurício Nogueira, especial para a Política Real, com edição de Genésio Jr.)