Nordeste e Desertificação.<BR> Ministério do Meio Ambiente apresenta plano de combate à desertificação durante café da manhã da Bancada do Nordeste
Bancada do Nordeste.
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( Brasília-DF, 24/08/2005) O Programa de Ação Nacional de Combate à desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca, chamado pelo governo de PAN-Brasil, foi apresentado hoje, 24, aos parlamentares do nordeste no tradicional café da manhã nordestino, realizado na Câmara dos Deputados. As ações do governo contra a desertificação foram apresentadas pelos Secretários do Ministério do Meio Ambiente Cláudio Langone e João Bosco Senra, e pelo Secretário de Infra-Estrutura Hídrica do Ministério da Integração Nacional, Hyperedes Macedo. Os debatedores revelaram acordo com o Banco do Nordeste para financiar projetos que visem a desertificação.
De acordo com os secretários, os projetos previstos pelo PAN se concentram em mais de 1,4 mil municípios no Nordeste e também no norte de Minas Gerais e do Espírito
Santo, onde vivem 30 milhões de pessoas. O PAN prevê inclusão social e geração de emprego e renda para a população das regiões mais afetadas pela seca. Estudos dos ministérios comprovam que no semi-árido estão os municípios com as maiores taxas de mortalidade infantil e de analfabetismo do País.
Segundo Cláudio Langone, secretário Executivo do Ministério de Meio Ambiente, esses números tornam o semi-árido brasileiro o mais habitado do mundo, mas também trazem uma responsabilidade maior ao governo na busca para frear a destruição da Caatinga e garantir alternativas de desenvolvimento às populações. “A implementação do plano está cada vez mais próxima, mas o ministério sabe que temos um desafio muito grande pela frente, porque precisamos promover a sensibilização do Brasil para os problemas enfrentados nessas regiões e para isso precisamos do apoio de todos”. Questionado pelos deputados piauienses B. Sá (PSB) e Júlio César (PFL) acerca dos recursos que deverão ser destinados para a implantação do PAN, Langone afirmou que “com o plano finalizado, agora temos de conhecer os projetos para cada região, para podermos investir recursos públicos e garantir a implantação. Mas não faltarão recursos”.
O secretário de Recursos Hídricos do Ministério, João Bosco Senra, lembrou que “a destruição das florestas tem agravado a desertificação, bem como a ausência de políticas
públicas em saúde, educação, assistência técnica e para o desenvolvimento
sustentável”, mas afirmou que o PAN prevê o estabelecimento de diretrizes, instrumentos legais e institucionais, para que políticas públicas e investimentos privados possam ser melhor aplicados no desenvolvimento sustentável e na recuperação de áreas suscetíveis à desertificação.
( da redação com Alessandra Flach)