Valor da produção da pecuária nacional em 2024 chegou a R$ 132,8 bilhões; Nordeste é destaque na produção de caprinos, mel e alguns tipos de peixes
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(Brasília-DF, 18/09/2025) Nesta quinta-feira, 18, o IBGE divulgou a sua Pesquisa de Pecuária Municipal (PPM) referente a 2024 que apontou que o valor de produção chegou à marca de R$ 132,8 bilhões, alta de 8,8% em relação ao ano anterior.
Os produtos de origem animal levantados na pesquisa (leite de vaca, ovos de galinha e de codorna, mel, casulos-do-bicho-da-seda. ) atingiram R$ 121,1 bilhões, alta de 8,2% em relação a 2023, e os itens da aquicultura foram responsáveis por R$ 11,7 bilhões, aumento de 15,4%.
Com destaque da região Nordeste, rebanho de caprinos e ovinos apresentam novos recordes na série histórica
O efetivo de caprinos aumentou 3,1% no ano de 2024, chegando a 13,3 milhões de animais, enquanto o número de ovinos aumentou 0,3%, atingindo 21,9 milhões de animais. Os dois valores são recordes históricos da pesquisa. A região Nordeste foi a principal responsável por este aumento, já que possui 96,3% do total de caprinos e 73,5% dos ovinos.
Bahia e Pernambuco respondem pelo primeiro e segundo maior efetivo, respectivamente, em ambas as criações: a Bahia é responsável por 31,6% do rebanho caprino e 23,5% do rebanho ovino do País; enquanto 25,7% e 18,0% desses efetivos, respectivamente, estão em Pernambuco.
Em nível municipal, os maiores efetivos de caprinos estão localizados em Casa Nova (Bahia), Juazeiro (Bahia), Floresta (Pernambuco), Curaçá (Bahia) e Petrolina (Pernambuco). Para ovinos, Casa Nova (Bahia) também se destaca como principal Município produtor, seguido de Juazeiro (Bahia), Dormentes (Pernambuco), Remanso (Bahia) e Afrânio (Pernambuco) - em sexto lugar vem Sant’Ana do Livramento (Rio Grande do Sul), diferenciando aqui do domínio nordestino para caprinos devido, justamente, à apontada criação de ovinos destinada à lã no Sul do País.
Impulsionada pela região Nordeste, produção de mel atinge recorde
A produção nacional de mel cresceu 4,9% em 2024, totalizando 67,3 milhões de quilos, o mais alto valor já registrado na série histórica da pesquisa, que desde 2016 apresenta crescimentos consecutivos e, desde 2018, a cada ano, alcança recordes na estimativa.
A Região Nordeste manteve o primeiro lugar entre as Grandes Regiões, com um aumento de 3,5% no seu resultado, sendo responsável em 2024 por 39,4% do total nacional. Nela destaca-se o Piauí, com 12,8% da produção nacional, seguido por Ceará, Bahia e Maranhão. O maior produtor nacional, no entanto, é o Paraná.
Os municípios com a maior produção de mel foram, em ordem, Santa Luzia do Paruá (Maranhão), Arapoti (Paraná), Santana do Cariri (Ceará), São Raimundo Nonato (Piauí) e Ortigueira (Paraná).
Produção de peixes e camarão atinge recorde
A estimativa da produção de peixes em 2024 mostrou um aumento de 10,3%, chegando a 724,9 mil toneladas, o que resultou em um valor de produção de 7,7 bilhões de reais, crescimento de 15,8% em relação ao ano anterior.
O peixe mais produzido no Brasil, desde o início do levantamento da piscicultura, é a tilápia. Em 2024, sua produção correspondeu a 68,9% do total de peixes. Em relação ao ano anterior, foi um aumento de 12,8%, resultando em 499,4 mil toneladas. Quase metade desse total (47,5%) é proveniente da Região Sul, devido principalmente ao Paraná, responsável por 38,2% da produção nacional, ou 190,5 milhões de quilos.
Já a produção brasileira de camarão criado em cativeiro atingiu 146,8 mil toneladas, um crescimento de 15,2% com relação ao ano anterior. O valor de produção foi de R$ 3,1 bilhões, equivalente a um aumento de 16,3%. Essa estimativa corresponde a um recorde na série histórica da produção, que vem crescendo continuamente desde 2017.
Do total, 99,7% são provenientes da Região Nordeste, principalmente do Ceará (57,1%) e do Rio Grande do Norte (21,5%). Ambos os Estados registraram aumentos que, somados, resultam em cerca de 18,0 milhões de quilos. Os maiores produtores municipais estão concentrados nesses dois Estados, começando por Aracati (Ceará), que, com produção de 18,0 mil toneladas, é origem de 12,2% da produção nacional e 21,4% da produção estadual. Na sequência, aparecem Jaguaruana (Ceará), com 8,8% e Pendências (Rio Grande do Norte), com 6,5% da produção nacional.
( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)