31 de julho de 2025
SAFRA AGRÍCOLA

Brasil tem a maior safra histórica e chega, em julho, a 340,5 milhões de toneladas de grãos, informa IBGE

A área a ser colhida é de 81,2 milhões de hectares, crescimento de 2,7% frente à área colhida em 2024, com aumento de 2,2 milhões de hectares, e acréscimo de 0,1% (49,0 mil hectares) em relação a junho

Por Política Real com assessoria
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(Brasília-DF, 14/06/2025). Nesta quinta-feira, 14, o IBGE divulgou o seu Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA).  Em julho, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas estimada para 2025 deve totalizar 340,5 milhões de toneladas, 16,3% maior do que a obtida em 2024 (292,7 milhões de toneladas), com aumento de 47,7 milhões de toneladas, e 2,1% acima da informada em junho, com acréscimo de 7,1 milhões de toneladas.  O IBGE informa que esse é o recorde histórico de safras no Brasil.

A estimativa de julho para a safra 2025 é recorde da série histórica do IBGE. O crescimento da safra brasileira de cerais, leguminosas e oleaginosas em relação a 2024 é consequência dos maiores investimentos realizados pelos produtores, que ampliaram as áreas de plantio e investiram mais em tecnologia de produção, motivados pelos bons preços dos principais grãos por ocasião do plantio da 1ª (safra das águas ou verão) e 2ª safras (safra das secas). Outro fator foi o clima, que beneficiou as lavouras no campo na maioria das unidades da federação produtoras. Os problemas climáticos mais sérios foram verificados somente no Rio Grande do Sul”, explica o gerente do LSPA, Carlos Barradas.

A área a ser colhida é de 81,2 milhões de hectares, crescimento de 2,7% frente à área colhida em 2024, com aumento de 2,2 milhões de hectares, e acréscimo de 0,1% (49,0 mil hectares) em relação a junho.

O arroz, o milho e a soja, os três principais produtos, somados, representam 92,7% da estimativa da produção e respondem por 88,0% da área a ser colhida. Frente a 2024, houve acréscimos de 5,6% na área a ser colhida do algodão herbáceo (em caroço), de 11,4% na do arroz em casca, de 3,3% na da soja, de 3,5% na do milho (declínio de 4,9% no milho 1ª safra e crescimento de 5,9% no milho 2ª safra), e de 10,9% na do sorgo, ocorrendo declínios de 6,1% na do feijão e de 18,2% na do trigo.

Em relação à produção, houve acréscimos de 7,1% para o algodão herbáceo (em caroço), de 17,7% para o arroz em casca, de 0,4% para o feijão, de 14,2% para a soja, de 19,9% para o milho (crescimento de 14,1% para o milho 1ª safra e de 21,4% para o milho 2ª safra), de 23,6% para o sorgo, e de 2,3% para o trigo.

A estimativa de julho para a soja foi de 165,5 milhões de toneladas. Quanto ao milho, a estimativa foi de 137,6 milhões de toneladas (26,2 milhões de toneladas de milho na 1ª safra e 111,4 milhões de toneladas de milho na 2ª safra). A produção do arroz (em casca) foi estimada em 12,5 milhões de toneladas; a do trigo em 7,7 milhões de toneladas; a do algodão herbáceo (em caroço) em 9,5 milhões de toneladas; e a do sorgo em 4,9 milhões de toneladas.

A estimativa da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou variação anual positiva para as regiões Centro-Oeste (21,4%), Sul (9,0%), Sudeste (16,9%), Nordeste (9,0%) e Norte (17,3%). Quanto à variação mensal, apresentaram crescimento o Norte (1,9%), o Sul (0,7%), o Sudeste (1,9%) e o Centro-Oeste (3,3%), enquanto o Nordeste (-0,1%) mostrou retração.

Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com participação de 32,4%, seguido pelo Paraná (13,4%), Goiás (11,4%), Rio Grande do Sul (9,5%), Mato Grosso do Sul (7,5%) e Minas Gerais (5,6%), que, somados, representaram 79,8% do total. Com relação às participações das regiões brasileiras, tem-se a seguinte distribuição: Centro-Oeste (51,5%), Sul (25,1%), Sudeste (8,9%), Nordeste (8,2%) e Norte (6,3%).

Destaques da estimativa de julho de 2025 em relação ao mês anterior

Em relação a junho, houve aumentos nas estimativas da produção do sorgo (13,5% ou 585 211 t), do milho 2ª safra (5,7% ou 6 020 682 t), da castanha de caju (4,0% ou 5 605 t), da uva (2,1% ou 42 983 t), da aveia (2,0% ou 26 589 t), do algodão herbáceo (1,6% ou 154 083 t), do arroz (1,5% ou 185 508 t), da cevada (0,6% ou 3 339 t), do milho 1ª safra (0,6% ou 156 042 t), do feijão 2ª safra (0,3% ou 3 503 t), da soja (0,2% ou 390 204 t), bem como declínios do feijão 1ª safra (-6,7% ou -76 488 t), do tomate (-6,7% ou -318 774 t), do feijão 3ª safra (-5,2% ou -43 796 t) e do trigo (-3,4% ou -275 018 t).

Entre as Grandes Regiões, o volume da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou a seguinte distribuição: Centro-Oeste, 175,4 milhões de toneladas (51,5%); Sul, 85,4 milhões de toneladas (25,1%); Sudeste, 30,2 milhões de toneladas (8,9%), Nordeste, 28,1 milhões de toneladas (8,2%) e Norte, 21,3 milhões de toneladas (6,3%).

As principais variações positivas nas estimativas da produção, em relação ao mês anterior, ocorreram no Mato Grosso (5 536 658 t), em Minas Gerais (561 874 t), no Paraná (479 700 t), em Santa Catarina (245 226 t), no Tocantins (242 795 t), na Bahia (160 380 t), em Rondônia (130 647 t), em Goiás (29 289 t), em Roraima (21 687t), no Maranhão (5 162 t), no Mato Grosso do Sul (408 t), no Acre (47 t) e no Rio de Janeiro (7 t), enquanto as variações negativas aconteceram no Rio Grande do Sul (-101 540 t), na Paraíba (-76 892 t), no Ceará (-59 501 t), no Piauí (-46 775 t), no Rio Grande do Norte (-12 701 t), em Sergipe (-6 490 t) e no Amazonas (-65 t).  

( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)