DADOS PNAD: Pesquisa aponta as desigualdades regionais na ocupação e desocupação; estados do Norte/Nordeste além de terem maior desocupação, tem o menor rendimento e maior informalidade

(Brasília-DF, 12/08/2022) A PNAD Contínua referente ao segundo trimestre de 2002 além de mostrar que houve a redução da desocupação em 22 das 27 unidades federativas revela, também, as desigualdades regionais brasileiras.  Os chamados estados do Norte e Nordeste são o que tem maior desocupação, mesmo no quadro de recuperação. Frente ao 1º trimestre de […]

Por Genésio Araújo
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(Brasília-DF, 12/08/2022) A PNAD Contínua referente ao segundo trimestre de 2002 além de mostrar que houve a redução da desocupação em 22 das 27 unidades federativas revela, também, as desigualdades regionais brasileiras.  Os chamados estados do Norte e Nordeste são o que tem maior desocupação, mesmo no quadro de recuperação.

Frente ao 1º trimestre de 2022, a taxa de desocupação caiu em 22 Unidades da Federação e ficou estável nas demais UFs. Destaque para Tocantins, que saiu de 9,3% para 5,5%; Pernambuco (de 17,0% para 13,6%) e Alagoas (14,2% para 11,1%).

PI tem a maior taxa de subutilização (42,3%) e SC a menor (7,0%)

No 2° trimestre de 2022, a taxa composta de subutilização da força de trabalho foi de 21,2%. O Piauí (42,3%) teve a maior taxa, seguido por Sergipe (37,4%) e Bahia (34,9%). Já as menores taxas ficaram com Santa Catarina (7,0%), Mato Grosso (10,1%) e Rondônia (11,2%).

Por conta própria

O percentual da população ocupada do país trabalhando por conta própria foi de 26,2%. Os maiores percentuais foram do Amapá (35,7%), Rondônia (35,3%) e Amazonas (35,0%) e os menores, do Distrito Federal (20,1%), Mato Grosso do Sul (22,6%) e São Paulo (23,2%).

Carteira assinada

No 2º trimestre de 2022, 73,3% dos empregados do setor privado tinham carteira de trabalho assinada. As Regiões Norte (58,4%) e Nordeste (56,8%) apresentaram as menores taxas. Entre os trabalhadores domésticos, 25,1% tinham carteira de trabalho assinada no país.

Dentre as Unidades da Federação, os maiores percentuais de empregados com carteira assinada no setor privado estavam em Santa Catarina (87,4%), São Paulo (81,0%) e Paraná (80,9%) e os menores, no Piauí (46,6%), Maranhão (47,8%) e Pará (51,0%).

Rendimento

O rendimento médio real mensal habitual foi estimado em R$ 2.652, mantendo estabilidade frente ao 1º tri de 2022 (R$ 2.625) e queda de 5,1% em relação ao mesmo trimestre de 2021 (R$ 2.794). Na comparação com o 1º trimestre de 2022, todas as Regiões apresentaram estabilidade. Já em relação ao 2º trimestre de 2021, as regiões Nordeste, Sul e Sudeste apresentaram queda do rendimento médio.

A massa de rendimento médio real de todos os trabalhos, habitualmente recebido por mês pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência, foi estimada em R$ 255,7 bilhões de reais, registrando crescimento tanto em relação ao trimestre anterior (R$ 244,9 bilhões de reais) quanto frente ao 2º trimestre de 2021 (R$ 244,0 bilhões de reais).

Informalidade

A taxa de informalidade para o Brasil foi de 40,0% da população ocupada. As maiores taxas ficaram com Pará (61,8%), Maranhão (59,4%) e Amazonas (57,7%) e as menores, com Santa Catarina (27,2%), São Paulo (31,1%) e Distrito Federal (31,2%).

Para o cálculo da proxy de taxa de informalidade da população ocupada são consideradas as seguintes populações: Empregado no setor privado sem carteira de trabalho assinada; Empregado doméstico sem carteira de trabalho assinada; Empregador sem registro no CNPJ; Trabalhador por conta própria sem registro no CNPJ; e Trabalhador familiar auxiliar.

(da redação com informações de assessoria. Edição: Genésio Araújo Jr.)