BANCADA DO NORDESTE – “Se o governo não tratar isso com seriedade, serei o primeiro a ser contrário a ele”, diz José Airton sobre renegociação da dívida rural

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(Brasília-DF,11/06/2016) Numa fala dramática – sendo aplaudidos por todos no final – o coordenador da Bancada Federal do Ceará no Congresso Nacional, José Airton Cirilo (PT-CE), apelou nesta quinta-feira, 11, ao Governo Federal, uma solução concreta para a questão da Renegociação das Dividas Rurais dos estados nordestinos e ainda para ao problemas resultante da questão da seca que afeta há quatro anos consecutivo o seu estado.



A Renegociação das Dividas Rurais foi o tema da primeira reunião de trabalho da Bancada do Nordeste realizada hoje com a participação do presidente do Banco do Nordeste (BNB), Marcos Holanda, o representante do Ministério da Integração, Nacional (MIN), Raphael Rezende Neto, e o representante da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), Luiz Roberto Beggiora.



O deputado petista lembrou que o tema vem sendo debatido há anos sem uma solução e pediu à Bancada do Nordeste para focar sua atuação este ano na busca de uma definição por parte do Planalto, mostrando disposto a ter mesmo ser contrário ao governo, caso não haja uma solução concreta.



Enfrentar a situação de frente



“Há anos vimos discutindo as renegociações das dívidas rurais, a questão da seca do Nordeste e que as pessoas que não podem pagar. Não adianta discutir isto. Nós temos é que enfrentar essa situação de frente, porque senão nós vamos continuar com essa região sempre nesta situação grave”.



Segundo o parlamentar cearense “nós temos que focar esta questão, colocar como prioritária, como ponto de partida para que a Bancada do Nordeste se posicione diante do governo da gravidade que vamos ter daqui pra frente, pois o próximo ano vai ser pior do que este ano”.



Perda de subsídios



José Airton ainda enfatizou que as demais regiões do País recebem muito mais subsídios que o Nordeste.



“Foi apresentado um trabalho feito pelo Tribunal de Cantos da União mostrando que a região Nordeste perde R$ 190 bilhões de subsídio. E agente fica mendigando aqui para conseguir uma renegociação de dívida de R$ 14/15 bilhões. Isso não é possível”, reclamou.



Ceará em calamidade



José Airton lembrou que recentemente a Bancada Federal do Ceará realizou um “café da manhã” com o governo do Estado, Camilo Santana. “O que percebemos é que o Ceará está em estado de calamidade. É uma situação de completo colapso”, revelou.



Para o deputado “não tem como ninguém produzir e pagar a conta da forma que nós estamos vivendo hoje. Esta é a realidade dura, nua, crua e cruel”.



Contra o governo



O petista propôs aos colegas do colegiado nordestino apresentar uma proposta para o governo sobre a questão da renegociação das dívidas rurais.



“Eu sou do governo, mas se o governo não tratar isso com seriedade, eu sou o primeiro a ter uma posição contrária governo, porque eu acho que nós devemos encarar isso como uma questão de sobrevivência da nossa região”, acentuou.







(Por Gil Maranhão, para Agência Política Real, e edição de Genésio Jr.)