Bancada do Nordeste. Luciano Coutinho ressalta importância do BNDES investir em pequenas empresas. Banco não tem capilaridade para atuar na linha de microcréditos….

(Brasília-DF, 29/08/2007) Durante café-da-manhã com bancada nordestina o presidente do BNDES ressaltou a importância de fazer parcerias com instituições locais para dar mais capilaridade às ações do banco. Luciano Coutinho citou algumas das grandes obras de infra-estrutura e projetos industriais que o banco está apoiando na região, mas lembrou que o desafio é dar atenção ao pequeno empreendimento. “O que me preocupa são as áreas mais pobres onde não existem empresas de grande porte, apenas micro empreendimentos. Como o BNDES pode preencher esse papel?”, questionou.





O presidente do banco revelou que pretende se basear nos mapeamentos de arranjos produtivos locais para compreender melhor essa realidade e fazer parcerias com bancos estaduais e regionais, como o BNB, para atingir a economia local. “O principal desafio do BNDES é sobrepor sobre os grandes projetos as iniciativas de apoio às economias populares, se aproximar dos pequenos empreendimentos”, admitiu Coutinho. Ele alega que o BNDES não tem estrutura de escritórios e agências para atuar com eficiência nesse contexto.





Dentre os empreendimentos da carteira atual do BNDES estão: projeto de implantação de nova linha de produção de celulose no Sul da Bahia – Suzano, com apoio de R$ 1,9 bilhão do BNDES; a petroquímica de Suape em Pernambuco com investimento de R$ 836 milhões do banco; a M & G Polímeros em Ipojuca (PE) que terá apoio de R$ 350 milhões; o investimento de R$ 1,2 bilhão para construção de 10 estaleiros pelo projeto Atlântico Sul – Transpeto (PE); R$677 milhões para implantação de estaleiro pelo projeto Carmago Correa (PE); a siderúrgica Ceará Steal (CE) deve receber R$ 341 milhões do banco; o projeto Bahia Pulp – Camaçari vai levar R$ 448 milhões para produção de celulose solúvel; o projeto manati na Bahia deve receber R$ 254 milhões para produção e transporte de gás.

Os investimentos do banco na região somam um montante de R$ 5 bilhões nos próximos anos. A obra mais visada é a Transnordestina que deve beneficiar os estado d o Maranhão, Ceará e Pernambuco, com a interligação de portos.

(por Liana Gesteira)