( Publicada originalmente às 17 h 48 do dia 25/08/2020) (Brasília-DF, 26/08/2.020) Após se reunir nesta terça-feira, 25, com o coordenador da Bancada do Nordeste, deputado Júlio César (PSD-PI), em seu gabinete no Ministério da Infraestrutura, o ministro Tarcísio Gomes de Freitas prometeu que os recursos necessários para federalizar o trecho entre a região do médio oeste do […]
( Fortaleza, 19/07/2007) O economista Roberto Smith, presidente do Banco do Nordeste do Brasil, fez um discurso de nove páginas no momento que deveria ser o final da solenidade de homenagem pela entrega da “Ordem do Mérito do BNB”. O ponto alto foi a afirmação de que o “Nordeste ingressou num ciclo de desenvolvimento,sem a política do pires na mão, fixando compromissos, buscando competência e exibindo resultados”. Depois dele falou o governador Cid Gomes.
Smith começou sua fala destacando que o Banco do Nordeste surgiu com o intuito de gerir o então existente “Fundo das Secas”, porém acabou sendo muito mais. Ele disse que a cara da instituição foi dada por Celso Furtado que fez o Banco ser mais do que se prestou em seu início, mas que não se pode esquecer de Rômulo de Almeida.
“Registre-se aqui a notável contribuição de Rômulo de Almeida para a construção e implementação do arcabouço institucional do BNB, seja como chefe da assessoria econômica do Governo Vargas, seja pela frente da Comissão incorporadora do BNB, seja , ainda, como primeiro presidente do Banco, abrindo caminhos para um trabalho visionário e profícuo diante das abundantes carências regionais”
Ele lembrou Celso Furtado muitas vezes:
“Para capturar a lógica da economia nordestina é necessário percebero essencial da realidade nacional”.
Ele voltou a lembrar de Furtado, agora, já nos novos idos, em 28 de julho de 2.003, no Passaré:
“A miséria de boa parte do povo brasileiro é a contrapartida do hiperconusmo de uma pequena minoria privilegiada”.
Segundo Smith, lembrando Furtado – captutar o essencial da realidade para interpretá-la e atuar pragmaticamente não é tarefa símples.
Ele disse que regras como o 34/18 o Finor o o FNE vêm apresentando uma crescente integração à economia nacional.
Ele disse que a participaçào nordestina no PIB nacional já evoluiu de 13% para 14,6 % mas que o diferencial que separa a região da média da economia brasileira ainda é muito grande – evolui, porém, muito lentamente. Ele disse, no entanto, que depois de ser fonte de migração o Nordeste reverte o fluxo. Ele disse que pode ser exagerado dizer, mas o Nordeste surge, hoje, como uma nova fronteira econômica no país, devido, no entender dele, a enorme “diferenciação interna”.
Ele ressaltou que os programas sociais estão gerando um grande benefício na regiào. Ele disse que as iniciativas sociais extrapolam a visão de que sejam mero assistencialismo. Ele ressaltou o Bolsa Família e o Pronaf – ele entende que já existe um programa de renda mínima eficaz no país.
Smith ressaltou o microcrédito como um dos pontos altos do novo BNB. Na área de investimento, ele disse que o Banco já investiu R$ 20 bilhões no Nordeste e que o PAC prevê investimentos de R$ 80 bilhões nos últimos 5 anos. Ele destacou os R$ 30 bilhões que o Banco vai oferecer em parceria com o Banco Mundial e o Prodetur.
Ele encerrou mais uma vez lembrando Celso Furtado:
“Longe de se escravizar a esquemas doutrinários, o seu Governo( Presidente Lula) , já manifestou estar consciente de que nossos desafios são de natureza política e não propriamente econômica. Ao contraário do que querem sugerir vozes críticas, parece-me c;aro que estamos no caminho certo. Ainda que os obstáculos sejam mútiplos e crescentes, o que importa é privilegiar, como vem sendo feito, os objetivos sociais e liberar o Estdo da obsessão economicista que o marco nos anos recentes”.
( por Genésio Araújo Junior)