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(Brasília-DF, 13/10/2006) A taxa de renovação na Câmara dos deputados nesta última eleição foi de 48%. Dos 513 deputados eleitos, 246 são novos. Dos 417 atuais deputados que se lançaram à reeleição, 267 (64%) ganharam mais quatro anos de mandato. Em contrapartida, 151 (36%) perderam a eleição.
O Nordeste ficou pouco abaixo da média nacional de renovação, com 86 reeleitos e 65 novos, das 151 vagas, (43% de renovação). A região Norte foi, percentualmente, quem mais elegeu parlamentares novatos. Das 65 vagas em disputa na região, 39 (60%) ficaram com novos deputados e 26 com deputados reeleitos. O Centro-Oeste, com apenas 15 novos parlamentares entre 41 (36,5%), e o Sul, com 29 entre 77 (37,7%).
O Amapá foi o estado que, proporcionalmente, teve a maior renovação no país. Optou por sete candidatos novos para distribuir as oitos vagas a que o estado tem direito (87,5% de renovação). No outro extremo, em Goiás, somente três dos 17 assentos em disputa não foram conquistados por concorrentes à reeleição (17,6% de renovação).
Os outros estados com menores índices de renovação foram: Mato Grosso do Sul (25%), Bahia (25,6%), Paraná (30%), Piauí (30%) e Rio Grande do Sul (38,7%). Sem a Bahia, aliás, o Nordeste teria uma taxa de renovação de 50%, pouco acima da média nacional. Por outro lado, Sergipe teve a maior taxa de renovação da região, cerca de 62,5%.
A taxa de renovação por região
Norte – 65 cadeiras, 26 reeleitos e 39 deputados novos (60% de renovação).
Sudeste – 179 cadeiras, 81 reeleitos e 98 novos (54,7% de renovação).
Nordeste – 151 cadeiras, 86 reeleitos e 65 novos (43% de renovação).
Sul – 77 cadeiras, 48 reeleitos e 29 novos (37,7% de renovação).
Centro-Oeste – 41 cadeiras, 26 reeleitos e 15 novos (36,5% de renovação)
Taxa de renovação no Nordeste
Alagoas – nove cadeiras, quatro reeleitos e cinco novos (55,5%).
Bahia – 39 cadeiras, 29 reeleitos e dez novos (25,6%).
Ceará – 22 cadeiras, 12 reeleitos e dez novos (45,4%).
Maranhão – 18 cadeiras, oito reeleitos e dez novos (55,5%).
Paraíba – 12 cadeiras, seis reeleitos e seis novos (50%).
Pernambuco – 25 cadeiras, 14 reeleitos e 11 novos (44%).
Piauí – dez cadeiras, sete reeleitos e três novos (30%).
Rio Grande do Norte – oito cadeiras, quatro reeleitos e quatro novos (50%).
Sergipe – oito cadeiras, três reeleitos e cinco novos deputados (62,5%).
DEPUTADOS – Dentre os parlamentares que não voltaram para o Congresso alguns deles perderam as eleições ou não se candidataram por terem seus nomes envolvidos na máfia dos Sanguessugas ou outros casos de corrupção. Veja abaixo os deputados que não se reelegeram no Nordeste: Sergipe: Cleunâncio Fonseca (PP) que foi indiciado por envolvimento na máfia dos Sanguessugas e Jorge Alberto (PMDB).
Rio Grande do Norte: Betinho Rosado (PFL).
Piauí: B. Sá (PSB), Moraes Souza (PMDB) e Simplício Mário (PT).
Pernambuco: Carlos Batata (PFL), Joaquim Francisco (PFL), Joel de Hollanda (PFL), Osvaldo Coelho (PFL), Salatiel Carvalho (PFL) e Pastor Francisco Olimpio (PSB). O ex-presidente da Câmara Severino Cavalcanti (PP-PE), que renunciou ao mandato após o escândalo do mensalinho, tentou voltar ao Congresso, mas não se elegeu.
Paraíba: Philemon Rodrigues (PTB); e Enivaldo Ribeiro (PP) e Ricardo Rique (PL) que foram indiciados por envolvimento na máfia dos Sanguessugas.
Maranhão: Albérico Filho (PMDB), Costa Ferreira (PSC), Wagner Lago (PDT) e Luciano Leitoa (PSB). Paulo Marinho (PL), cassado na atual legislatura, concorreu, mas não conseguiu se eleger.
Bahia: Aroldo Cedraz (PFL), Jairo Carneiro (PFL), Jonival Lucas Júnior (PTB), Josias Gomes (PT) que foi indiciado por envolvimento na máfia dos Sanguessugas, Milton Barbosa (PSC) e Pastor Reginaldo Germano (PP) que foi indiciado por envolvimento na máfia dos Sanguessugas.
Alagoas: João Caldas (PL-AL) que foi indiciado por envolvimento na máfia dos Sanguessugas, Rogério Teófilo (PPS-AL) e Helenildo Ribeiro (PSDB-AL) que foi indiciado por envolvimento na máfia dos Sanguessugas.
Ceará: Bismarck Maia (PSDB), Antonio Cambraia (PSDB) que não se candidatou, e Inácio Arruda (PCdoB) que se elegeu senador.
SENADO – No senado a taxa de renovação foi alta, dentre os 27 senadores eleitos apenas 7 foram reeleitos. No Nordeste quatro senadores não conseguiram se reeleger. Segue abaixo os quatro estados que tiveram seus senadores derrotados nas urnas.
Rio Grande do Norte – A candidata Rosalba Ciarlini (PFL) venceu o candidato à reeleição Fernando Bezerra (PTB).Essa foi a eleição mais disputada para o senado. Rosalba teve 44,18% dos votos contra 43,42% de Bezerra.
Paraíba – Cícero Lucena (PSDB-PB) derrotou o senador Ney Suassuna (PMDB), acusado de envolvimento com a máfia dos sanguessugas. Lucena chegou a 48,2%. Suassuna conseguiu 43,56% dos votos.
Bahia – O ex-governador João Durval Carneiro (PDT) foi eleito vencendo Rodolfo Tourinho (PFL). Durval obteve 46,98% dos votos contra 34,45% de Tourinho.
Sergipe – Maria do Carmo Alves (PFL-SE) foi reeleita por pequena margem de votos, derrotando o ex-senador José Eduardo Dutra (PT). Maria do Carmo chegou a 50,08% dos votos e Dutra ficou com 47,26%.
INFLUENTES – Após as eleições o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) fez uma nova lista dos 100 parlamentares mais influentes a partir da nova composição do Congresso. Segundo a lista o Nordeste teria 34 representantes entre os mais influentes, um a menos do que na lista apresentada este ano.
Na nova composição do Congresso o PT recebeu reforço dentre os parlamentares mais influentes no país, saindo do número de 22 para 24. O PSDB perdeu colocação na lista de terceiro lugar para o quarto. E o PSB também subiu de colocação com mais dois parlamentares influentes. No Nordeste percebe-se um aumento no número de parlamentares influentes do PT e uma diminuição nos políticos do PFL. O PSB e o PMDB ganharam reforço de líderes do Nordeste, enquanto que o PL perdeu.
Veja abaixo a representação de nordestinos em cada partido:
PT – 24 mais influentes, 6 são do Nordeste
PFL – 18 mais influentes, 7 são do Nordeste
PMDB – 15 mais influentes, 7 são do Nordeste
PSDB – 12 mais influentes, 3 são do Nordeste
PSB – 9 mais influentes, 4 são do Nordeste
PPS – 5 mais influentes, 1 é do Nordeste
PCdoB – 4 mais influentes, 3 são do Nordeste
PDT – 3 mais influentes, nenhum do Nordeste
PTB – 3 mais influentes, 2 são do Nordeste
PL – 2 mais influentes, 1 é do Nordeste
PP – 2 mais influentes, nenhum do Nordeste
PV – 1 mais influentes, nenhum do Nordeste
PRTB – 1 mais influentes, 1 do Nordeste
Psol – 1 mais influentes, nenhum do Nordeste
ESTADOS – Pernambuco continua liderando a lista dos mais influentes, dentre os estados nordestinos, aumentando inclusive o número de parlamentares. Antes das eleições o Estado tinha 11 dos mais influentes e nesse novo Congresso serão 13. A Bahia segue em segundo lugar, com 8 parlamentares influentes, um a mais do que atual legislatura. O Piauí continua sem nenhum representante na lista dos influentes. Já o Maranhão, ganhou um representante com a eleição do deputado Flávio Dino (PCdoB).
O Rio Grande do Norte perdeu o senador Fernando Bezerra (PTB), que perdeu a eleição ao Senado para Rosalba Ciarlini (PFL). O Ceará perdeu o deputado Bismarck Maia (PSDB), mas ganhou o reforço de Ciro Gomes (PSB), deputado mais bem votado do Estado. Alagoas perdeu a senadora Heloísa Helena (Psol) que se candidatou a presidência da República, e o deputado Thomaz Nono (PFL) que se candidatou ao senado e perdeu para Fernando Collor de Melo (PRTB), que integrou a lista dos mais influentes. Ainda em Alagoas, houve a perda do deputado João Caldas (PL), que denunciado por envolvimento na máfia dos Sanguessugas, não se candidatou. A Paraíba também perdeu o líder Ney Suassuna (PMDB), por indícios de seu envolvimento no esquema dos Sanguessugas.
Pernambuco (13)
Inocêncio Oliveira (PL) Armando Monteiro Neto (PTB) José Múcio (PTB) Renildo Calheiros (PCdoB) Raul Jungmann (PPS) Ana Arraes (PSB) – recém-eleita Sérgio Guerra (PSDB) Jarbas Vasconcelos (PMDB) – recém-eleito Roberto Magalhães (PFL) Marco Maciel (PFL) Carlos Wilson (PT) – recém-eleito Maurício Rands (PT) Fernando Ferro (PT)
Bahia (8)
Lídice da Mata (PSB) – recém-eleita Sérgio Carneiro (PT) – recém-eleito Walter Pinheiro (PT) Jutahy Junior (PSDB) Geddel Vieira Lima (PMDB) Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL) José Carlos Aleluia (PFL) Antonio Carlos Magalhães (PFL)
Ceará (5)
Inácio Arruda (PCdoB) – senador recém-eleito, era deputado Ciro Gomes (PSB) – recém-eleito José Pimentel (PT) Tasso Jereissati (PSDB) Eunício de Oliveira (PMDB)
Alagoas (2)
Fernando Collor de Mello (PRTB) Renan Calheiros (PMDB)
Paraíba (2)
Wilson Santiago (PMDB) Efraim Moraes (PFL)
Rio Grande do Norte (2)
Henrique Eduardo Alves (PMDB) José Agripino Maia (PFL)
Maranhão (1)
Flávio Dino (PCdoB) – recém-eleito
Sergipe (1)
Antonio Carlos Valadares (PSB)
( por Liana Gesteira com edição de Genésio Araújo Junior)