( Publicada originalmente às 17 h 48 do dia 25/08/2020) (Brasília-DF, 26/08/2.020) Após se reunir nesta terça-feira, 25, com o coordenador da Bancada do Nordeste, deputado Júlio César (PSD-PI), em seu gabinete no Ministério da Infraestrutura, o ministro Tarcísio Gomes de Freitas prometeu que os recursos necessários para federalizar o trecho entre a região do médio oeste do […]
( Brasília-DF, 21/02/2006) O Banco do Nordeste pretende aplicar, este ano, em atividades econômicas no semi-árido, cerca de R$ 2 bilhões, com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE). Somente nos últimos dois anos (2004-2005), o BNB já investiu R$ 2,2 bilhões no semi-árido, o que representa um terço de tudo o que foi aplicado na área desde a criação do Fundo, em 1988.
Os números foram divulgados durante o seminário “Investimento e financiamento do semi-árido”, promovido pelo BNB nesta terça-feira, 21, em Fortaleza, como parte das estratégias para incrementar as aplicações de recursos nessa região. O evento, transmitido por meio de videoconferência para as capitais Nordestinas e Montes Claros, contou com representantes dos governos federal, estadual e municipal, além dos setores produtivos, universidades, instituições de pesquisa e terceiro setor.
“Como propósito maior, o encontro visa construir uma agenda comum com os parceiros públicos e privados, para promoção de investimentos em empreendimentos produtivos no semi-árido, os quais contam com recursos e condições diferenciadas de financiamento pelo Banco do Nordeste”, destaca a superintendente de Políticas de Desenvolvimento do BNB, Sâmia Frota.
“Gostaríamos de ver, como produto dessa reunião, a construção de roteiros de desenvolvimento, que apontem para programas voltados para aplicação de recursos no semi-árido de forma sustentável”, complementa o diretor de Gestão do Desenvolvimento, Pedro Eugênio Cabral, na ocasião representando o presidente do BNB, Roberto Smith. O diretor ressaltou que o semi-árido ocupa em média 80% da área dos estados nordestinos, mas contribui com apenas 31% do PIB, o que demonstra a fragilidade econômica dessa região e a necessidade de investimentos.
Com relação às políticas de desenvolvimento do BNB para o semi-árido em 2006, Sâmia Frota destacou o empenho de toda a equipe em torno da revisão dos programas de financiamento, simplificação dos processos e negociação com novas fontes de recursos para o suprimento da crescente demanda de projetos. “Nossa preocupação é proporcionar financiamentos adequados à realidade local, aliando crescimento econômico à questão ambiental, redução das desigualdades intra e extra-regionais e a construção da cidadania”, complementou. “Nosso desafio é de efetivamente alavancar o desenvolvimento do semi-árido, e não apenas promover uma aplicação mecânica e burocratizada dos recursos do FNE”, enfatizou o diretor Pedro Eugênio.
O diretor de Gestão dos Fundos de Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração, Roberto Albuquerque, falou sobre a contribuição do Ministério nas ações de investimento, tanto coordenando grandes projetos de infra-estrutura, a exemplo do projeto de integração de bacias e da ferrovia Transnordestina, como por meio de suas agências de desenvolvimento.
Palestras – A programação do evento incluiu um primeiro bloco regional, com as palestras: “Panorama atual e potencialidades econômicas do semi-árido – oportunidades de investimentos”, do professor Otamar de Carvalho, e “Tecnologias apropriadas ao semi-árido”, do especialista Clóvis Guimarães. Logo após, houve momento local em cada Estado, enfocando a política de financiamento do BNB e casos de empreendimentos bem-sucedidos no semi-árido. No encerramento, Banco e parceiros se reuniram para elaboração de ações conjuntas para a Região. Também foi distribuído o Mapa da Área de Atuação do BNB, com a nova delimitação do semi-árido.
Segundo o professor Otamar, o PIB do semi-árido vem diminuindo em relação ao do Nordeste. Para ele, isto acontece em decorrência da mudança nos indicadores econômicos e demográficos sofridos pela região, que já não é mais essencialmente rural. O professor ressaltou que isto demanda soluções que contemplem o apoio a atividades rurais e urbanas, as quais chama de “rurbanas”, como turismo ecológico e outras.
O pesquisador, Clóvis Guimarães, falou sobre as tecnologias apropriadas ao semi-árido. Para Clóvis, tecnologias tradicionais, como cisternas, poços, hortas domésticas e outras, são eficazes para transformar a condição de trabalhadores do nível de sobrevivência, em que produzem menos do que precisam, para o de subsistência, em que produzem apenas aquilo que necessitam, mas o ideal a ser alcançado seria o nível de mercado, onde o produtor além de ter assegurada sua subsistência também pode comercializar o excedente.
Ele também defende ações como a integração da agricultora irrigada com as áreas de sequeiro, bem como a criação de registro de indicações geográficas para produtos, como denominação de origem e indicação de procedência. Dessa forma, os produtos do semi-árido ganhariam identidade diferenciada e, conseqüentemente, competitividade para invadir outros mercados.
( da redação com informações de assessoria)