Deputados decidem reunir bancada para discutir agenda mínima para o Nordeste e definir ações para o grupo; No próximo dia 21, o café da manhã nordestino será apenas com os parlamentares e terá como tema o FNE, o orçamento regionalizado e a produção de biodiesel – Coordenador comemora interesse de parlamentares em unir forças a favor da região

( Brasília-DF, 01/09/2005) O coordenador da Bancada do Nordeste, deputado B. Sá (PSB-PI), decidiu, em reunião realizada hoje, 1º, com deputados nordestinos, marcar reunião da Bancada para definir agenda de interesse do Nordeste. A reivindicação de que os encontros do grupo fossem menos pontuais e mais conceituais, tratando especificamente de ações que a Bancada possa executar em defesa do Nordeste como um todo, vinha sendo feita por vários deputados há alguns dias.



Os parlamentares definiram o próximo dia 21 como data para iniciar esses encontros voltados para a construção de uma agenda positiva para o Nordeste. Três temas foram definidos para esta primeira reunião, denominadores comuns a todos os estados: Fundo Constitucional, o deputado Marcelo Castro (PMDB-PI) fará uma nota técnica com dados sobre o fundo, o que existe de aplicação, o que tem aplicado e como o Fundo pode ser utilizado positivamente no Nordeste; Biodiesel, o deputado Ariosto Holanda (PSDB-CE) ficou responsável por produzir o material sobre a cultura da mamona para produção do Biodiesel; e o deputado Zezeu Ribeiro (PT-BA) fará a nota acerca do orçamento regionalizado e dos Fundos Setoriais, especificando o percentual que vai para o Nordeste, levando em conta a área física, mas também a distribuição populacional na região. O material será entregue antes para os deputados, para que todos possam participar da discussão e preparar suas sugestões.



A intenção é estimular os deputados a participarem, nem que para isso seja necessário “mudar a própria sistemática das reuniões”. Segundo B. Sá, os deputados agora farão uma mobilização para convidar os deputados nordestinos a “repensar os rumos da Bancada”. Convites, textos na Internet e discursos em plenário serão alguns dos instrumentos utilizados para essa mobilização. “Tem faltado unidade de ação em torno de temas comuns e fundamentais para a região, por isso precisamos mobilizar as Bancadas Estaduais para que se unam e lutem por interesses maiores só assim faremos valer a nossa força, para alcançar resultados espetaculares em favor da região”, afirmou.



O deputado Marcondes Gadelha (PTB-PB) acredita que está faltando à Bancada a “consciência de pertencer ao Nordeste”, algo, segundo ele, indispensável para garantir o desenvolvimento da região. “Precisamos voltar a considerar o Nordeste como região e agir como bloco regional, porque se continuarmos nos escondendo, não vamos a lugar nenhum”, afirmou o parlamentares, que é a favor de uma discussão aberta acerca da transposição do São Francisco.



Marcelo Castro reclamou da postura do BNB, que, segundo ele, tem cobrado a mais dos mutuários e não deveria ser o único responsável pelo gerenciamento do FNE no Nordeste. “O BNB não está interessado em coisa alguma que beneficie o Nordeste, é uma vergonha nacional um Banco Público tratar os mutuários como ele trata, por isso que o FNE tem que ser retirado do BNB, que está ganhando um absurdo para gerenciar o fundo com exclusividade e não tem emprestado recursos para os programas de desenvolvimento da região”, criticou. Para o parlamentar, se a Bancada “focar no que é importante para a região, os problemas do Nordeste serão resolvidos com facilidade”.



O deputado Zezeu Ribeiro também criticou a distribuição de recursos federais para os Estados do Nordeste e concordou que a Bancada deve interferir nesse ponto. “Existe uma política nacional de desenvolvimento regional que deve ser cobrada por nós, temos que fazer o governo priorizar a Sudene, o orçamento regionalizado, os fundos setoriais e criar uma visão sistêmica para o desenvolvimento regional”.



Já o deputado Ariosto Holanda cobrou da Bancada discussões voltadas para a erradicação da seca no nordeste e para incentivos à cultura da mamona. “Essa é uma das grandes alternativas para a inclusão social, geração de emprego e renda dentro de uma matriz energética alternativa, mas o BNB diz que não acredita no projeto e não dá incentivo ao pequeno produtor”, criticou o parlamentar.



No próximo dia 15, a Bancada se reunirá com os presidente da Confederação Nacionais, na CNI, e no dia 21 a nova agenda dos encontros começa a ser definida pelos parlamentares.





( por Alessandra Flach)


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