( Publicada originalmente às 17 h 48 do dia 25/08/2020) (Brasília-DF, 26/08/2.020) Após se reunir nesta terça-feira, 25, com o coordenador da Bancada do Nordeste, deputado Júlio César (PSD-PI), em seu gabinete no Ministério da Infraestrutura, o ministro Tarcísio Gomes de Freitas prometeu que os recursos necessários para federalizar o trecho entre a região do médio oeste do […]
( Brasília-DF, 08/07/2005) O prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho(PSB), mantém a tradição nordestina de setores das esquerdas de que em nome de um projeto vale à pena fazer apostas ousadas. Ele foi candidato à prefeito pelo Partido Socialista Brasileiro, PSB, que foi o partido que mais cresceu no Nordeste nas últimas eleições municipais, pois não conseguiu espaço e legenda no Partido dos Trabalhadores, PT, onde militou. Isso já se viu no Nordeste com a histórica eleição do hoje centrista Jarbas Vaconcelos(PMDB), governador de Pernambuco. Nos anos oitenta, Jarbas foi eleito prefeito de Recife pelo PSB pois o PMDB não lhe deu legenda, mas depois voltou. Nesse ponto, Coutinho se diferencia de Jarbas – o prefeito de João Pessoa, a capital paraibana, não faz concessões, otimista, acredita que o sonho de poder das esquerdas nacionais não irá para o buraco com “um mandato”, como este que vem vivendo o presidente Lula.
Coutinho numa fala breve de sete minutos e quarenta e sete segundos, dada num dos muitos átrios do Senado Federal, acompanhado que estava do jornalista Sérgio Botelho, enquanto miravam quase incrédulos, num telão, mais um das manifestações de plenário dos senadores das oposições – disse muito à reportagem da Política Real. Coutinho é um otimista. Não perdeu a oportunidade de criticar o comando político estratégico do PT e do Governo, tratou de, dando boas vindas ao ministro Ciro Gomes, lembrar que o País tem que ser tocado junto à sociedade, longe dos gabinetes, assim como, mesmo receando o impacto que pode atingir todo um projeto de poder das esquerdas, realça que os conservadores não vão colocar todo mundo num vaso comum. ” As pessoas amadureceram, não vão ‘emprenhar’ como no passado.” , disse o jovem prefeito.
Vamos agora aos melhores momentos dessa breve e sólida conversa:
(Nesse momento ele fala sobre Nota do PSB sobre a crise política e sobre alternativas apresentadas por Delfim Neto)
“ Primeiro – tudo deve ser apurado, a culpa a quem tem culpa. Isso nós defendemos no Partido(PSB). Segundo, não dá para confundir a esquerda com tudo que é desabonador( a crise). Existe uma campanha orquestrada pela direita de que todos são iguais. Terceiro – è o momento das lideranças conduzirem o processo. Separa o joio do trigo. Montar uma agenda positiva .
Eu, particularmente,( saindo do caminho anunciado na nota do PSB, desta semana) acho – o Partido colocou isso na nota – que esse não o momento para défict zero, cortas gastos por cortar. Precisamos de uma agenda positiva, uma ação desse tipo não vai zerar tudo. Esse tipo de discurso nós sabemos, infelizmente, há décadas.( A defesa da tese é comanda pelo deputado Delfim Neto(PP-SP), o mesmo que defendia que “ se deve aumentar o bolo para depois dividí-lo”).
O Partido(PSB) vive um momento importante, fizemos filiações num momento como esse de crise política e partidária. São filiações motivadas por outros motivos que não políticos, éticos( nesse ponto ele se trai desacreditanto na política como solução). O Partido filiou um Ministro e três deputados federais.”
( Sobre o fato de Ciro Gomes ao entrar no Partido na última terça-feira ter afirmado que “quer voltar a andar pelo país” e sobre a força das lideranças políticas em momento de crise ):
“Vamos convidar o Ministro para ir a João Pessoa para discutir com a sociedade, debater o momento que o país vive, debater perspectivas. Isso, independente de eleição. Se tem alguma ilação, e não do Ministro, mas sim, naturalmente, da imprensa e da população – com o período eleitoral é que o o Ministro tem um compromisso com o corpo da esquerda progressista, desenvolvimentista e que faz parte dos grandes líderes.
Esse é o momento para das grandes lideranças nacionais.
É o momento dos líderes. Ele não deve ficar mesmo em gabinete. Deve levar a mensagem do PSB par ao país.
Nós não podemos deixar o centro do poder no Ministério da Fazenda”
(Sobre a máxima da Real Politik de que tem o lado prático da política se faz nos momentos eleitorais e de que o PSB ganha com o declínio do PT. Coutinho fez censura a política de fortalecimento do centro, fomentado pela Cúpula do Governo, ressaltando o receio de crescimento de outros campos na esquerda não seria ideal para o PT.)
“ Eu acho que tem um esforço dso setores conservadores de atingirem toda a esquerda. Isso fica evidente. ‘Nós fizemos para trás, eles fazem hoje’. È indiscutível que atinge todo mundo. Não é porque atinge todo mundo que se inviabiliza um projeto de esquerda para o país.
Eu acho que a população está muito amadurecida. Ela não se ‘emprenha’ , como se diz no Nordeste, pelos ouvidos como se emprenhava há 20 ou 30 anos atrás.
A população, hoje, está buscando novos caminhos. O PSB deve crescer. Acho que a estratégia do Governo foi errada, apostando nos partidos de centro-direita, como se fosse mais fácil, ou fugir de um competição no campo da esquerda. No meu entender o fortalecimento deveria ser com os partidos de esquerda e depois os de centro. “
(Ele mostrou otismismo, apesar de tudo)
“ Há tempo. Há tempo para consertar isso. A história não se acaba num único mandato”.
( da redação com informações de Genésio Araújo Junior)