Até 1.980, previsão climática brasileira apresentava grande imprecisão; Divino Moura, do Inmet. disse que é uma “falácia” se afirmar que teremos seca na região pelos “ próximos 5 a 10 anos”.

( Brasília-DF,25/05/2005) Até 1.980 a metodologia escolhida pelo Governo para antecipar e prever a climatologia, a seca no Nordeste, era imprecisa. Hoje, segundo Antonio Divino Mour, diretor do Instituto Nacional de Metereologia, Inmet, a metodologia e a tecnologia atual permite previsões de climatologia( seca e chuva) de três a seis meses de antecipação. Ele disse mais, face aos rumores, até então não dismentidos, de que de 2.005 a 2.011 teremos uma série de secas no Nordeste brasileiro:

– É uma falácia se dizer que nos próximos anos, nos próximos cinco ou dez anos, teremos secas no semi-árido, no Nordeste brasileiro. Estamos acompanhando cada momento.

Antonio Divino Moura falou aos deputados nordestinos durante o café-nordestino desta manhã, realizado pela Bancada do Nordeste. A iniciativa do coordenador geral da Bancada, deputado B. Sá(PPS-PI) tinha relação direta com as informações que ele recebera do Cptec-Inpe , do início do ano, que apontavam seca. Alguns observadores começaram a afirmar que teríamos, com certeza, grandes secas deste ano em diante.

Antonio Divino Moura informou aos deputados que, no início do ano, ele e outros cientistas brasileiros do setor, fizeram um “brieffing” aos ministros titulares da Agricultura, Roberto Rodrigues, e da Integração Nacional, Ciro Gomes, onde foram demonstrados os números e tabelas das avaliações climatológicas feitas no Brasil, nos Estados Unidos e Europa.

Ele acabou fazendo um desabafo, quase uma confissão, após uma ampla exposição sobre as metodologias que são e foram usadas ao longo dos últimos 31 anos pelas diversas instituições nacionais, isoladamente ou em parceira internacional. Ele fez uma referência direta ao ex-superintendente da Sudene, Walfrido Salmito, e ao ministro do Interior, Mário Andreazza. Disse que teve divergências com o ministro em questão e o superintendente da Sudene face a escolha deles em dar confiança a um método de previsão climatológica, para seca e chuvas, que não dava confiança. Essa metodologia falha foi usada como referência até o ano de 1.980, informou Divino Moura.

– Tive divergência com o superintende Salmito e Andrezza, o ministro de então, por não concordar com eles – disse Divino Moura.

NOVOS TEMPOS NA QUESTÃO – Se dizendo um cientista e sem filiações políticas disse que em todos os anos que atua no setor – ele tem pós-doutorado em Metereologia nos Estados Unidos e atua nessa área a mais de 30 anos -, Divino Moura disse que é a primeira vez que um Governo – e citou o grupo de trabalho organizado pelo Ministério da Integração Nacional montado para tal e que vem acompanhando a questão metereológica – vem se dedicando a uma investigação mais precisa sobre o convívio com a seca no Nordeste.

( da redação com Genésio Araújo Junior, coordenador-editor)

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