( Publicada originalmente às 17 h 48 do dia 25/08/2020) (Brasília-DF, 26/08/2.020) Após se reunir nesta terça-feira, 25, com o coordenador da Bancada do Nordeste, deputado Júlio César (PSD-PI), em seu gabinete no Ministério da Infraestrutura, o ministro Tarcísio Gomes de Freitas prometeu que os recursos necessários para federalizar o trecho entre a região do médio oeste do […]
(Brasília-DF, 09/04/2014) O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, enumerou nesta quarta-feira, 9, diversos investimentos feitos pelo órgão no Nordeste. Ele afirmou que nos últimos anos o BNDES aportou mais de R$ 105 bilhões em empréstimos para desenvolver projetos de infraestrutura na região.
Inclusive, ele ressaltou, também, que só em 2013, a instituição federal aprovou a liberação de quase R$ 26 bilhões em ações que estão sendo executadas nos nove Estados nordestinos. E acrescentou, ainda, que se somado aos R$ 23 bilhões que o Banco do Nordeste (BNB) aplicou na região, em 2013, as iniciativas de fomento chegam a mais de R$ 50 bilhões.
Estratégias para o futuro
A exposição de Luciano Coutinho foi feita durante o tradicional “Café da Manhã Colonial”, que a Bancada do Nordeste promoveu nesta quarta-feira, 9, para debater com ele as perspectivas e os desafios do desenvolvimento da região.
Entretanto, Luciano Coutinho enfatizou que o Nordeste precisa de mais planejamento a longo prazo, além de intensificar os investimentos para produzir energia alternativa como, por exemplo, a eólica, que é extraída dos ventos. Ele aponta que para alavancar o desenvolvimento da região, as autoridades nordestinas precisam “pensar” num novo modelo de industrialização que contemple as médias cidades.
Para ele, é necessário a região diversificar a sua base industrial nos mais variados setores. Desde a siderurgia que está sendo implantada, as indústrias do setor petroquímico, até a criação de polos culturais e de artesanato. O presidente do BNDES observou que um “novo paradigma” deve ser encontrado para a prática da agricultura no semiárido. “Será que faz sentido a região, que não tem água, manter uma pecuária bovina?”, perguntou Luciano Coutinho aos parlamentares nordestinos.
Cota
O presidente do BNDES criticou, ainda, a decisão do plenário da Câmara desta última terça-feira, 8, de estabelecer uma cota de 35% para que os recursos da instituição sejam investidos, obrigatoriamente, nas regiões Norte e Nordeste do país. Esta cota, de iniciativa do líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE), foi incluída na Medida Provisória (MP) 628/13 que capitaliza o BNDES em R$ 24 bilhões com recursos do Tesouro Nacional.
“Se depender dos desejos do presidente, a gente investe o que for possível no Nordeste. Mas o engessamento de cotas, no fundo, temos que trabalhar para uma estratégia de desenvolvimento que multiplique os números de projetos na região. Alavanque mais ainda os investimentos em infraestrutura na região, de maneira que a gente possa até ultrapassar esta cota. Por exemplo, se nós tomarmos alguns dos programas de infraestrutura dos Estados, o nosso percentual foi de 40%. Então o problema não é tanto de cota, o problema é de estratégia”, comentou Coutinho.
(Por Humberto Azevedo, especial para Agência Política Real, com edição de Valdeci Rodrigues)