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(Brasília-DF, 26/06/2013) Com adiamento do Plano Safra Semiárido devido as várias manifestações populares que tomam conta das ruas em todo o País, o ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Pepe Vargas, expôs aos deputados da região Nordeste as iniciativas do plano voltado para agricultura familiar.
A exposição do ministro aos parlamentares nordestinos ocorreu na manhã desta quarta-feira, 26, durante a participação dele no tradicional “café-nordestino” que a Bancada do Nordeste promove habitualmente.
Inicialmente, a participação de Pepe Vargas serviria para detalhar aos deputados da região o Plano Safra Semiárido – o primeiro plano safra voltada para uma região do país – que estava previsto para ser anunciado na última sexta-feira, 21, em Salvador (BA), pela presidenta Dilma Rousseff.
No pronunciamento, o ministro repetiu para os nordestinos os números apresentados há três semanas (no dia 07 de junho) quando o governo federal lançou o Plano Safra Agricultura Familiar com investimentos de R$ 39 bilhões para acontecer em todo o País. Para o Nordeste, este plano específico destina R$ 4,4 bilhões.
A estimativa do MDA é que cerca de 589 mil novas operações sejam contratatas no período do novo Plano Safra para Agricultura Familiar (2013/2014) na região Nordeste. Dentro do valor de R$ 4,4 bilhões destinados a região, R$ 3,03 bilhões serão destinados a investimentos, enquanto R$ 1,4 bi será destinado para operações de custeio.
“Nós fizemos a apresentação do plano safra da agricultura familiar que diz respeito as políticas para todo território nacional. Como nós estamos as vesperas de anunciar o plano safra do semiárido, buscando construir políticas públicas de convivência com o semiárido, … (mas) as medidas do plano do semiárido não ficarão restritas aos agricultores familiares”, falou.
E disse mais.
“Embora eles sejam a maioria dos agricultores existentes na região, nós temos também médios e grandes produtores na região que terão também medidas específicas para atendimento de suas reivindicações. Então é um plano safra que atenderá a agricultura familiar, os médios produtores e, inclusive, os grandes produtores”, complementou.
SEM DEFINIÇÃO DE ANÚNCIO – Questionado pela reportagem da Política Real quando ocorrerá o anúncio da presidenta do primeiro Plano Safra exclusivo do Semiárido, o ministro, petista gaúcho licenciado de suas funções parlamentares não soube informar.
“A presidenta está neste momento se dedicando a sua agenda às questões nacionais que estão tomando conta do debate nacional de todas estas manifestações”, disse.
“A ideia é conseguir estabelecer conexões com estas parcelas da população que não está organizada em sindicato, em movimentos organizados, mas quer que suas reivindicações sejam atendidas pelos poderes públicos. Assim que esta agenda estiver encaminhada, a tendência é a presidenta marcar a data do anúncio do plano safra para o semiárido”, encerrou.
(por Humberto Azevedo, especial para Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)
