ESPECIAL DE FIM DE SEMANA.
Deputado José Rocha(PR-BA) comanda discussão da Copa de 2014, no Congresso. Parlamentar fala de novo cenário político baiano e do potencial do PR, seu atual partido….

(Brasília-DF, 10/08/2007) O Brasil é um dos países que vem pleiteando sediar a Copa do Mundo de 2014. Para conseguir tal empreitada o governo terá que se empenhar para mostrar que tem condições logísticas para acolher os participantes e o público mundial. A Comissão de Turismo e Desporto da Câmara, visando ajudar na viabilização do País como sede da Copa criou uma subcomissão específica para discutir o tema.



A Subcomissão da Copa de 2014 tem a frente um nordestino, o deputado José Rocha (PR-BA). Em uma entrevista especial para a Política Real o parlamentar falou dos objetivos do colegiado e de como o evento pode beneficiar o país, especialmente o Nordeste. “Vários estados da região estão se candidatando para sediar jogos da Copa. A Fifa, através da CBF, irá analisar os pleitos, e os estados aprovados irão receber estrutura não só em nível de estádios, como também melhorar a sua infra-estrutura hoteleira aeroportuária para dar condições para que os visitantes possam usufruir da Copa”, afirmou.



O parlamentar ainda tratou de temas políticos como o desvio de recursos do orçamento e a aprovação da reforma política. José Rocha foi um dos deputados que mudou de partido no início deste ao, saindo do antigo PFL para o PR, e corre perigo de perder o mandato devido a uma resolução publicada pelo TSE no início deste ano. “Eu acredito que a partir da publicação da resolução do TSE passaria a valer a regra. Mas acredito que os que mudaram de partido até a resolução não devam ser punidos”, comentou.



Outro fator abordado na entrevista são as eventuais mudanças que devem acontecer no atual cenário político baiano, com o falecimento de ACM e o surgimento de novos líderes. José Rocha acredita que o momento é propício para consolidação de novos partidos, como o PR e para formação de uma nova conjuntura no Estado. Segue abaixo os principais trechos da entrevista.



Qual o objetivo da criação de uma Subcomissão da Copa de 2014?



A subcomissão da Copa de 2014 no Brasil foi criada com o intuito de acompanhar as tratativas que estão acontecendo entre a CBF com o governo brasileiro e fiscalizar o investimento em infra-estrutura que será feito pelos governos, não só com recursos federais, mas também estaduais e municipais para atender as necessidades da Copa. A Subcomissão irá cuidar também de analisar as Leis que o Executivo haverá de mandar ao Congresso para atender exigências da Fifa, como protocolo de intenções para a Copa de 2014. Haverá uma participação muito grande do legislativo nessa questão da Copa, então temos que acompanhar apoiando a sua realização e mobilizando essa exigência para que o Brasil possa sediar a copa.



Como o Brasil pode pegar a experiência do PAN, realizado agora em julho, para ajudar nos preparativos da Copa de 2014?



Não tenha dúvida que a realização do PAN no Rio de Janeiro foi um teste prévio para a Copa de 2014. Nós vamos tirar da realização do PAN os pontos positivos e analisar os pontos negativos para que não se repitam. Foi uma prévia interessante, onde o Brasil demonstrou que tem todas as condições de sediar uma grande Copa do Mundo em 2014.



A realização da Copa trará grande investimento na área de infra-estrutura. O Nordeste está incluso nos pontos que podem sediar o evento? Como isso pode influenciar no desenvolvimento da região?



Não só o Nordeste mas todo o Brasil vai ser beneficiado em 2014. Mas o Nordeste terá um diferencial, por causa de seus atrativos naturais e potencial turístico para o estrangeiro. Vários estados da região estão se candidatando para sediar jogos da Copa e que têm plena condições de receber o evento. A Fifa, através da CBF, irá analisar os pleitos e os estados aprovados irão receber estrutura não só em nível de estádios, como também melhorar a sua infra-estrutura hoteleira e aeroportuária para dar condições para que os visitantes possam usufruir da Copa.



Uma das principais discussões dentro do Congresso no primeiro semestre de 2007 foram as operações da Polícia Federal que apontou fraudes no uso de recursos do orçamento. Qual a sua avaliação sobre a elaboração do orçamento, tendo em vista a sua experiência como coordenador da bancada baiana na última legislatura?



O orçamento tem sido um foco realmente de muito desvio de recursos. Eu acho que o orçamento, da maneira que ele é discutido e aprovado, abre brecha para esses desvios. Eu acredito que temos que partir para o orçamento impositivo. Na medida em que nós temos um orçamento impositivo, o que for colocado é para valer. Então a execução independeria de negociações e de acordos. Diminuiria as negociações na aprovação do orçamento para beneficiamento de determinadas empresas. Há um lobby, no sentido perjorativo da palavra, muito forte na Comissão de Orçamento. E acredito que só o orçamento impositivo daria mais transparência a discussão e votação do orçamento



A reforma política é um dos temas que vem sendo muito discutido no Congresso e a fidelidade partidária é um dos pontos mais defendidos. Vossa Excelência foi um dos que mudou de partido no início do ano, saindo do antigo PFL para o PR. Como o Sr. vê a questão da fidelidade e como encara a decisão do TSE de tirar os mandatos de quem trocou de legenda nessa legislatura?



Eu acredito que a Câmara tem que tomar uma posição, aprovando o projeto de fidelidade partidária. Não podemos ser surpreendidos com decisões do TSE que venham a suprir lacunas do poder legislativo. Temos que encarar essa questão com pressa e muita seriedade. A questão da mudança de partido eu não vejo porque o Supremo não manter os mandatos dos que mudaram, mesmo porque é uma prática que tem acontecido ao longo dos anos e nunca se tomou uma posição em relação a isso. Eu acredito que a partir da publicação da resolução do TSE passaria a valer a regra. Mas acredito que os que mudaram de partido até a resolução não devam ser punidos.



Qual a expectativa do PR na Bahia? O partido tem potencial dentro do Estado? Pretende concorrer a eleições majoritárias?



O PR é um partido novo que tem condições de ter um grande crescimento na Bahia. Mesmo porque com o desaparecimento do senador Antonio Carlos Magalhães, o partido Democratas não estão se entendendo bem e acredito que o PR possa ser uma alternativa para um crescimento na bancada estadual e federal e ter um projeto para 2008 e 2010. Acho que devemos nos preocupar com o lançamento de candidaturas para grandes municípios agora em 2008 e também nos preparar para 2010 no campo estadual e nos cargos majoritários.



Qual a sua análise do cenário político da Bahia nos próximos anos, tendo em mente o falecimento de Antonio Carlos Magalhães e um governo estadual petista após vários anos do PFL no comando?



Não tenha dúvida que o quadro político da Bahia passa por uma grande transformação. Com o desaparecimento de ACM vamos ter novas arrumações políticas no nosso estado. Temos o governador Jaques Wagner, temos o PMDB o PR e o PP que têm bases fortes no Estado. E acho que essas forças vão começar a se articularem para novas alianças políticas no estado. Antes a política local era muito polarizada, hoje temos um cenário que estimula a diversificação de candidatos e o surgimento de novas articulações.



( por Liana Gesteira com edição de Genésio Araújo Junior)

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