( Publicada originalmente às 17 h 48 do dia 25/08/2020) (Brasília-DF, 26/08/2.020) Após se reunir nesta terça-feira, 25, com o coordenador da Bancada do Nordeste, deputado Júlio César (PSD-PI), em seu gabinete no Ministério da Infraestrutura, o ministro Tarcísio Gomes de Freitas prometeu que os recursos necessários para federalizar o trecho entre a região do médio oeste do […]
(Brasília-DF, 06/07/2007) A Política Real teve acesso. Como sempre faz Zezéu Ribeiro, voltou a defender, agora no plenário Ulysses Guimarães da Câmara Federal, a recriação da Sudene – considerada, não só por ele mas também por todos os parlamentares nordestinos, como o principal instrumento para acelerar o desenvolvimento sócio-econômico do Nordeste e outras ares do semi-árido brasileiro
Extinta no governo de Fernando Henrique Cardoso, sob acusação de má administração, e até mesmo desvio de verbas, a nova Sudene aguarda somente que os vetos dados a proposta pelo Governo Gederal sejam derrubados pelo Congresso Nacional, em votação conjunta.
Segundo Zezeu, com a extinção da Sudene, ocorreu um aumentou ainda maior nas desigualdades sociais do Nordeste brasileiro. Essa desigualdade é o principal entrave para o crescimento do País. “A diferença entre os níveis do PIB entre os estados, chega a nove vezes entre o estado mais pobre e o mais rico da federação”, alertou Zezeu.
Este fato submete os mais pobres aos mais baixos padrões de dignidade, afirmou o parlamentar.
Além dos fatores históricos que se acumularam durante os anos, a extinção da Sudene, de acordo com o parlamentar baiano, enfraqueceu ainda mais o crescimento e desenvolvimento da região Nordeste, deixando-a no isolamento, gerando desta forma uma política de exclusão social.
Ao criticar os defensores da extinção da Sudene, o Coordenador da Bancada do Nordeste, afirmou que a elite brasileira nunca entendeu a verdadeira função daquela instituição idealizada pelo economista, Celso Furtado, em que a superação das desigualdades da região seriam calçadas a partir de uma política nacional de desenvolvimento regional, com incentivos da instalação de indústrias na região, implantação de infra-estrutura logística e da capacitação e formação profissional da população para gerenciar a Sudene.
O argumento do governo anterior para extinção da Superintendência, era de que se deveria investir somente nas áreas onde já houvesse infra-estrutura, porque, desta forma, isto potencializaria o crescimento. De acordo com estudos feitos, esta política não deu certo. Gerou, sim, uma concentração de renda no centro-sul brasileiro.
Como relator do projeto de recriação, Zezeu afirmou que antes de apresentar seu parecer, discutiu a questão com todos os representantes dos estados nordestinos e, pessoalmente ,com o economista Celso Furtado, chegando a conclusão que a nova Sudene tem que intervir, diretamente, no quadro de desigualdades nordestinas, atuando na ocupação do território.
Zezeu defendeu, em seu relatório, a criação de um Fundo Nacional de Desenvolvimento do Nordeste, no valor inicial de um bilhão de reais, para que fosse aplicado em projetos, administrados pela Superintendência. A aplicação destes recursos deveriam ter sido iniciados em 2006, garantidos até 2023, e não como está na lei, 2013, por ser um prazo muito curto, completou o deputado.
(Por Almiro Archimedes, especial para a Política Real,com edição de Genésio Araújo Junior)