( Publicada originalmente às 17 h 48 do dia 25/08/2020) (Brasília-DF, 26/08/2.020) Após se reunir nesta terça-feira, 25, com o coordenador da Bancada do Nordeste, deputado Júlio César (PSD-PI), em seu gabinete no Ministério da Infraestrutura, o ministro Tarcísio Gomes de Freitas prometeu que os recursos necessários para federalizar o trecho entre a região do médio oeste do […]
( Brasília-DF,19/10/2005) Após a apresentação do deputado Ariosto Holanda (PSB-CE) a cerca da estratégia de se fazer um seminário nordestino para discutir as perspectivas do biodisel na região, parlamentares da bancada discutiram o assunto.
Para o deputado Júlio César (PFL-PI), o biodiesel deve ser apenas um produto de exportação. E disse ainda que a mamona é inviavel para a comercialização do biodiesel.
“Acredito no biodiesel, mas como produto de exportação, que na Europa, o litro custa 2 euros, aqui no Brasil, custa menos de R$ 0,90”, esclareceu.
“A empresa faz um contrato, se você produz 600 kg, ela paga R$ 0,55 centavos por quilo, e vai aumentando. Acima de uma tonelada, ela para R$ 0,70. Então o produtor rural recebe menos. O pior não é isso, é a produtividade do óleo, ela tem 48% do óleo. Vamos admitir que chegue a mil quilos, uma produtividade razoável, dá 480 litros de óleo. Vendido a um real, porque o diesel é menos que 0,90, a Petrobras vende por esse preço, o restante é lucro dos donos de postos. Por isso que eu acho que a mamona é enviável para o biodiesel”, explicou.
“O deputado tá confundido o óleo do biodiesel, com o do diesel. Vamos dizer que seja o dobro, que o óleo para se viabilizar seja R$ 2,00 um preço único viabilizaria a mamona”, defendeu o deputado Ariosto Holanda (PSB-CE)
Já o deputado Átila Lira (PSDB-PI), defende o uso de todas as matérias-primas disponíveis e diz que no encontro da bancada nordestina, deve-se debater tudo que for positovo no seminário que está sendo feito no Rio de Janeiro.
“Eu acho que essa iniciativa da bancada do nordeste de abordar essa questão do biodiesel é muito válida, sobre tudo, vindo de uma pessoa que estuda esse assunto há muitos anos, que é o nosso deputado Ariosto Holanda. E essa questão do biodiesel não é só do ponto de vista de inclusão social não. Para ter abrangência de inclusão social como política econômica, eu acho que nós temos a maior oportunidade sobre tudo, norte e nordeste. Eu acho que do ponto de vista de governo, o que pode beneficiar a nossa região é o biodiesel, que não é só a matéria econômica é social e além do mais, todos os depoimentos de cientistas na área de combustível mostram que o petróleo chegou ao seu limite físico. Nós temos que encontrar saídas, e sobretudo com o uso das matérias da nossa região e procurar debater tudo que for positivo nesse debate que está ocorrendo no Rio de Janeiro. Eu acho que nós podemos crescer muito nessa matéria”.
O deputado Zezeu Ribeiro (PT-BA) parabenizou o Ariosto e disse ainda que pesquisas com sementes já estão sendo feitas em Irecê na Bahia.
“Quero parabenizar a firmeza com que o deputado Ariosto vem defendendo essa questão. Isso abrange uma questão social e a manutenção das famílias no campo democratizando uma questão que vai ser ambiental. Antecipa o desenvolvimento econômico e tecnológico do combustível não renovável que é petróleo. Acho que esse seminário tem que ser feito aqui, porque aqui nós falamos diretamente com as autoridades. Eu queria agregar um dado, de que a Codevasf e a Universidade Federal da Bahia estão montando campo experimental para sementes e mudas para esse processo”.
Para terminar a reunião, o presidente da bancada do nordeste, o deputado B.Sá (PSB-PI), pediu que a reunião fosse marcada em uma quinta-feira, e falou da seriedade do assunto.
“Vamos marcar uma reunião para criar uma estrutura desse seminário. Vamos marcar numa quinta-feira. Outra coisa que eu gostaria de sugerir é que um dos debatedores fosse o prefessor Baltista Vidal, acho que é o hamem que talvez melhor compreenda sobre biomassa nesse País, ele nós ensina que somente o babaçu do Piauí, a energia que o biodiesel do babaçu produz é equivalente a reserva de petróleo na Arábia Saudita, com a vantagem que ele é renovável. Temos que levar essa discussão a sério porque ontem mesmo tivemos aí um protesto de caminhoneiros, que estavam reclamando entre outras coisas, mas o preço do óleo diesel”.
( por Gabriella de Lima com edição de Genésio Araújo Junior)