Presidente do BNB vê “grande desafio” regularizar dívidas de 517 mil produtores rurais ”e os credenciar para novos créditos”

(Brasília-DF, 15/03/2018) O presidente do Banco do Nordeste (BNB), Romildo Carneiro Rolim, afirmou nesta quinta-feira, 15, que as agências estão mobilizadas em todos os nove estados da região para regularizar a situação dos produtores rurais e deixando-os aptos para novas operações de crédito com aquela instituição bancária.



“Temos um estoque de 517 mil operações ainda para ser feitas em 2018”, reveliu em entrevista exclusiva à Agência Política Real.



“Em 2017, fizemos 220 mil operações, um terço. Então, restam dois terços. O desafio é grande, mas estamos com toda a rede de agências motivadas e mobilizadas para atendermos todos esses produtores rurais e regularizar definitivamente as suas dívidas, pois isso resgata a cidadania e limpa o nome dos produtores e os credenciam para novos créditos”, completou Rolim.



Vetos de Temer



Rolim foi uma das autoridades que participou do café da manhã na Câmara dos deputados, promovidos pelas bancadas do Nordeste e do Norte, para discutir os vetos do presidente Michel Temer a dispositivos da Lei 13.606/2018, que trata da renegociação de dívidas dos agricultores.



O evento contou ainda com a presença do ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun, e do diretor de Crédito do Banco da Amazônia, Francimar Maciel.



Renegociação em 2017



“Tínhamos no ano passado a vigência da Lei 13.340 de setembro de 2016 (que autorizava a liquidação e a renegociação de dívidas de crédito rural) e três artigos (1º, 2º e 3º) diziam que podíamos fazer renegociação de dívidas, que se dividam em fontes de recurso”, disse Romildo Rolim.



“O BNB regularizou ano passado 220 mil operações no Nordeste, ou seja, fizemos um terço do estoque”, emendou.



Operações em 2018



Para este ano, segundo ele, “a prorrogação dos benefícios da lei contemplou apenas as operações com os fundos constitucionais e o artigo 3º não foi comtemplado, foi vetado pelo governo federal”, citou.



“Então, as associações de classe e as casas legislativas estão analisando este assunto. Enquanto isso, o BNB neste ano de 2018 vai estar trabalhando os artigos 1º e 2º, que foram prorrogados”, enfatizou.



Fundos constitucionais



Romildo Rolim também comentou sobre a Medida Provisória (MP) 812/2017. A medida, como ele reforça, traz importante mudanças na metodologia de cálculo dos fundos constitucionais do Nordeste (FNE), Norte (FNO) e do Centro-Oeste (FCO).



“No caso do Banco do Nordeste, que lidamos com o FNE (Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste), temos um orçamento para aplicar este ano de R$ 30 bilhões”, revela o presidente do BNB. “Temos aí um importante desafio e estamos bastante otimistas de cumprir, tendo em vistas que esta MP regulariza as novas taxas desse fundo.



Taxas atrativas



Rolim disse que “a notícia melhor” é que a MP “traz uma metodologia de cálculo que garante que essas taxas dos fundos constitucionais sejam sempre bem atrativas, melhores dos que outras taxas de financiamento utilizadas no mercado.”



“Por conta dessas novas taxas, dentro de casa, uma demanda em torno de R$ 18 bilhões nas esteiras negociais e técnicas para podermos fomentar desde o micro e pequeno produtor rural, a micro e pequena empresa nos segmentos do agronegócio, indústria, comércio e serviços, até os projetos de infraestrutura”, enfatizou.



FIES



Outro ponto importante para este ano que o Banco do Nordeste também está trabalhando é o financiamento ao estudante, através do FIES (Fundo de Financiamento Estudantil), como revelou Rolim.



“Isso também por conta da metodologia de cálculo da taxa do FNE determinada pela MP 812/17, que garantem que as taxas sejam competitivas e deem efetivas condições, tanto ao produtor rural, como às empresas e ao estudante”, reforçou.



“Tudo isso faz com que o BNB cumpra o seu papel como banco de desenvolvimento do Nordeste levando fomento para essas pessoas”, acrescentou.



(Por Gil Maranhão. Agência Política Real. Edição: Genésio Jr.)

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