( Publicada originalmente às 17 h 48 do dia 25/08/2020) (Brasília-DF, 26/08/2.020) Após se reunir nesta terça-feira, 25, com o coordenador da Bancada do Nordeste, deputado Júlio César (PSD-PI), em seu gabinete no Ministério da Infraestrutura, o ministro Tarcísio Gomes de Freitas prometeu que os recursos necessários para federalizar o trecho entre a região do médio oeste do […]
14/07/2016 – 13:30h – Genésio Araújo Jr.
(Brasília-DF, 14/07/2016) A eleição de Rodrigo Maia, mesmo que para um mandato de passagem, que levará a um novo momento de escolha na Câmara Federal, logo ali, em fevereiro – não pode deixar de ser reconhecida como uma vitória da política.
A eleição de Eduardo Cunha em fevereiro de 2015 foi o início do fim do bonapartismo que se estabeleceu no Brasil durante um período em que houve crescimento econômico com um aprisionamento da dinâmica social, face a forma como os movimentos sociais e econômicos também passaram a se mover por quase uma década.
À luz do que se via, a eleição de Cunha foi a derrota da política do bonarpatismo, que impigiu ao País, naturalmente, sequelas. O então Presidente da Câmara se aliou aos excluídos do processo de então e se fez representar por uma “elite” política que ele criou, com jovens parlamentares ou personagens sem histórico relevante no Parlamento.
Cunha, o improvável, soube agir como poucos na realização de seus objetivos que foram facilitados pela inapetência da chefe de Governo de então, a presidenta afastada Dilma Rousseff.
A eleição de Maia traz para o centro do jogo político os profissionais tradicionais, que começaram reunindo interesses tanto do Governo como da Oposição. Isso é política parlamentar. Em sua fala inaugural, logo após o resultado da eleição, Rodrigo Maia lembrou primeiro do nome do líder do PT. Isso é política, meus caros!
É forçoso lembrar, por Justiça, que noutros momentos este analista salientava que fosse qual fosse o resultado da escolha do novo Presidente da Câmara Federal o Governo do Presidente da República, em exercício, Michel Temer sairia perdendo. Apesar do resultado da eleição em que um aliado saiu vitorioso e um outro acabou derrotado de forma acachapante, a maioria dos envolvidos vem se comportando bem, não indicando grandes problemas pela frente. A verdade é que os problemas virão.
O Centrão não deve ter um nome forte para conduzí-lo, em tese ele deve fenecer como ocorreu com o mesmo Centrão surgido à época da Constituinte de 1988. A verdade é que o parlamento ganhou o gosto pelo protagonismo, os grupos conservadores que circulavam dentro do Centrão devem voltar a se movimentar de forma nuclear como no passado, porém mais altaneiros. A sociedade brasileira está mais conservadora, face aos erros da esquerda.
Rodrigo Maia é um exemplar da política e dos políticos formados na dinâmica do jogo dos pesos e contrapesos que sabe pelo sofrimento do afastamento do poder que não é possível deixar de dialogar sempre com a sociedade.
Resta aguardar para ver no que vai dar!
( GAJr é coordenador editor da Política Real)