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(Brasília-DF, 21/05/2014) O novo presidente do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Nelson Antônio de Souza, afirmou nesta quarta-feira, 21, que todas as dívidas que os atingidos pela seca têm com a instituição estão suspensas até o final do ano. Foi sua resposta depois que vários parlamentares nordestinos reclamarem que algumas dívidas continuam sendo cobradas.
A declaração de Nelson Antônio de Souza ocorreu durante o tradicional “Café da Manhã” nordestino que a Bancada do Nordeste promoveu nesta quarta-feira, 21, no restaurante que o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) possui no Anexo IV da Câmara dos Deputados. Na oportunidade, ele ressaltou ainda que a maioria das operações do BNB contempla a população de baixa renda e os agricultores familiares.
Desenvolvimento social
Na presidência do BNB desde o último mês, ele destacou também a reestruturação que a instituição vem passando nos últimos meses para executar a principal missão do órgão federal que, segundo ele, é promover o desenvolvimento social, e não apenas econômico, da região. Para materializar o discurso adotado, Nelson Antônio de Souza apontou que das quase 3,5 milhões de operações realizadas pelo BNB em 2013, 67% da linha de crédito “Agroamigo” é ofertada a famílias que recebem o Bolsa Família.
O “Agroamigo” é um dos principais instrumentos de crédito do BNB que atende projetos destinados para a agricultura e pecuária da região. O presidente do BNB apontou também que 45% dos recursos oferecidos pela instituição na linha de crédito “Crediamigo” são destinados para famílias cadastradas nos programas sociais do governo federal.
Fonte de receita
A principal fonte de receita dos empréstimos do BNB é proveniente do Fundo constitucional do Nordeste (FNE). Em 2013, o fundo disponibilizou R$ 12,7 bilhões que foram aplicados na região pelo BNB e demais instituições financeiras como o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal (CEF) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Apoio aos pequenos negócios
Outro dado colocado à mesa pelo presidente do BNB para comprovar que a instituição é atualmente fomentadora dos pequenos negócios na região foi a informação de que mais de 60 mil operações do banco, em 2013, tiveram como destino a contratação por microempreendedores. No entanto, em todo o ano passado, as operações realizadas pelo BNB foram superiores a 4,2 milhões de operações movimentados por mais de 3,3 milhões de clientes. O valor total operacionalizado pelo banco foi de R$ 23,2 milhões. Só nos primeiros meses de 2014, o valor contratado já ultrapassa R$ 25,1 milhões.
Do total das operações aplicadas pelo BNB, 90% delas são destinados a ações do setor de comércio e de serviços, com 9% sendo aplicados no setor do turismo e apenas 1% sendo investido em projetos industriais. Para dar vazão a toda a demanda de crescimento da instituição e também da região, o presidente do BNB disse que o órgão federal que tinha, em 2012, 5,895 mil funcionários, fechará 2014 com 8,4 mil empregados. Isso se deve ao objetivo que o BNB está perseguindo de promover o desenvolvimento social do Nordeste. O aumento do corpo funcional acompanha a ampliação do número de agências. Em 2012, o BNB tinha 214 unidades espalhadas na região. Até o fim de 2014, serão 308 agências.
Recuperação do crédito
Por fim, o presidente do BNB, Nelson Antônio de Souza, valorizou a ação da instituição que recuperou quase 653 mil operações de créditos que estavam em atraso. A regularização destas operações, em 2013, representa cerca de R$ 4,5 bilhões. Nelson Antônio de Souza chamou a atenção ainda para o fato de que a aplicação dos recursos do FNE na região representa 37% dos empregos formais que existem no Nordeste.
(Por Humberto Azevedo, especial para Agência Política Real, com edição de Valdeci Rodrigues)