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(Brasília-DF, 09/04/2014) O deputado Ariosto Holanda (PROS-CE) pediu nesta quarta-feira, 9, ao presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, que a instituição federal apoie financeiramente a realização de um estudo para promover o desenvolvimento integrado da região Nordeste.
O deputado fez o pedido durante o tradicional “Café da Manhã Colonial” que a Bancada do Nordeste promoveu nesta quarta-feira, 9, para debater com o presidente do BNDES as perspectivas de desenvolvimento dos nove Estados nordestinos.
Expansão tecnológica
Ariosto Holanda pediu, ainda, que o BNDES apoiasse mais os projetos de expansão tecnológica no Nordeste. Assim como o financiamento de programas de capacitação profissional na região do semiárido. Para ele, apoio a ações como estas, auxiliariam a população que vive no local a possuir meios para melhorar a convivência com os longos períodos de estiagem.
Pequenos negócios
O deputado Jesus Rodrigues (PT-PI) pediu ao presidente do BNDES um apoio maior da instituição às pequenas empresas localizadas no Nordeste. Jesus Rodrigues questionou o uso excessivo, segundo ele, dos recursos do BNDES para fomentar, em sua maioria, os investimentos das grandes corporações.
Como resposta, Luciano Coutinho informou ao deputado Jesus Rodrigues que o aporte de financiamentos do BNDES destinados às pequenas e microempresas da região saltaram de 10%, em 2008, para cerca de 30%, em 2013.
Concorrência
Já o deputado Antonio Balhmann (PROS-CE) pediu ao presidente do BNDES para que a instituição federal revisse o atual modelo de concessão de crédito para a única empresa no Brasil que fornece laminados às indústrias do país. De acordo com ele, a aquisição de lâminas de aço no mercado nacional custa 30% a mais que o preço praticado no mercado internacional.
Por conta disso, para impedir a importação em massa de lâminas, reclama Antonio Balhmann, as indústrias teriam que pagar em impostos a mesma diferença dos 30%. E que isso sai mais caro para para comprar de fornecedora nacional. Ou seja, segundo ele, o setor industrial “fica sem saída”, tendo que comprar mesmo da laminadora nacional.
Na resposta ao deputado Balhmann, Luciano Coutinho afirmou que a única coisa que o BNDES poderá fazer é o financiamento da construção de uma segunda empresa de laminados do país. E isso, de acordo com o presidente da instituição, já está sendo feito. Segundo ele, o BNDES que tem como objetivo fomentar o desenvolvimento nacional não pode apoiar iniciativas que trarão impactos negativos a setores da economia brasileira.
Visões diferentes
Os deputados Assis Carvalho (PT-PI) e Manoel Salviano (PSD-CE) pronunciaram-se com visões diferentes a respeito da atuação do banco na região. Enquanto Assis Carvalho elogiava a atuação do BNDES no Nordeste, Manoel Salviano criticava a postura da instituição no desenvolvimento dos Estados nordestinos.
Assis Carvalho destacou os financiamentos do órgão vinculado ao Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) na construção de uma usina de energia eólica no Piauí. Salviano afirmou que o BNDES “está muito longe do Nordeste”.
Segundo o deputado do PSD, a região “precisa correr contra o tempo” para diminuir as “enormes” desigualdades regionais que separam o Nordeste das regiões mais desenvolvidas do país, como o Sul e o Sudeste. “O Nordeste merece mais atenção”, cobrou Manoel Salviano.
(Por Humberto Azevedo, especial para Agência Política Real, com edição de Valdeci Rodrigues)