( Publicada originalmente às 17 h 48 do dia 25/08/2020) (Brasília-DF, 26/08/2.020) Após se reunir nesta terça-feira, 25, com o coordenador da Bancada do Nordeste, deputado Júlio César (PSD-PI), em seu gabinete no Ministério da Infraestrutura, o ministro Tarcísio Gomes de Freitas prometeu que os recursos necessários para federalizar o trecho entre a região do médio oeste do […]
(Brasília-DF, 4/12/2013) A troca constante no comando das prefeituras dos municípios do semiárido nordestino atrapalha a melhoria na infraestrutura das escolas rurais da região e sobretudo naquelas que não têm acesso ao abastecimento regular de água e, consequentemente, nem banheiro para alunos e professores. E muito menos cozinha para preparar a merenda das crianças e adolescentes que ali estudam. A afirmação é do representante da Articulação do Semiárido (ASA), Moacir dos Santos.
A declaração do representande da ASA, entidade que congrega mais de 700 organizações da sociedade civil da região do semiárido, ocorreu durante a realização do seminário “Toda escola do semiárido com água, banheiro e cozinha” que a Bancada do Nordeste organizou nesta quarta-feira, 4, no auditório Freitas Nobre, subsolo do Anexo IV da Câmara dos Deputados, em conjunto com a Comissão de Educação da Casa.
Livros do Sudeste
De acordo com ele, a alteração dos prefeitos a cada eleição, ou a cada determinação judicial que cassa este ou aquele prefeito, promove a “troca total das pessoas” ligadas às secretarias municipais de educação e às escolas públicas municipais. E isso, de acordo com Moacir dos Santos, altera muitas vezes, inclusive, o local de vários colégios das áreas rurais.
Ele exemplifica dizendo que na gestão de um prefeito, uma determinada escola funcionava com alguns professores contratados e, quando o oponente substitui o antigo prefeito, ele contrata novos professores e aluga outro local para atender os alunos de uma determinada comunidade rural.
O integrante do movimento Articulação do Semiárido reclamou, ainda, que um dos maiores problemas enfrentados pela educação nas escolas rurais do semiárido ocorre porque a maioria dos livros didáticos distribuídos pelo Ministério da educação nos colégios rurais da região são voltados aos ecossistemas do Sul e Sudeste do Brasil, como as áreas de Mata Atlântica, Savana e de Cerrado. Assim, de acordo com ele, os alunos do semiárido que vivem na caatinga nada aprendem do bioma que é o habitat natural da maioria dos municípios que estão localizados no interior do Nordeste.
(Por Humberto Azevedo, especial para Agência Política Real, com edição de Valdeci Rodrigues)