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(Brasília-DF, 4/12/2013) Ter água e energia nas escolas públicas brasileiras, sobretudo na região do semiárido, que abrange 80% do interior do Nordeste, não é luxo e, sim, um direito de todas as crianças, afirmou a representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Maria Salete da Silva.
“Ter água e luz nas escolas não é luxo. Digo isso, porque já ouvi gestores usarem como desculpa o funcionamento de escolas sem um mínimo de infraestrutura o fato de que na maioria das casas dos alunos destas escolas também não se tem abastecimento regular de água e energia”, comentou a representante do Unicef.
A declaração da integrante da Unicef ocorreu durante o seminário “Toda escola do semiárido com água, banheiro e cozinha” que a Bancada do Nordeste organizou nesta quarta-feira, 04, no auditório Freitas Nobre, subsolo do Anexo IV da Câmara dos Deputados, em conjunto com a Comissão de Educação da Casa.
De acordo, ainda, com Maria Salete, cerca de 700 mil crianças e adolescentes de todo o Brasil estudam em escolas públicas sem a devida infraestrutura mínima (abastecimento de água e acesso a energia elétrica). “Precisamos mudar este quadro”, declarou a representante da Unicef.
Segundo dados do Ministério da Educação, 90% das escolas sem abastecimento de água se localizam nas áreas rurais das regiões Norte e Nordeste. O motivo é que a maioria destas escolas que funcionam no meio rural são na verdade extensões de colégios instalados nas sedes dos municípios.
(Por Humberto Azevedo, especial para Agência Política Real, com edição de Valdeci Rodrigues)
