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18/09/2013 22h09
Deputado prevê que microdestilarias beneficiariam três milhões de nordestinos
Ariosto Holanda fez sua exposição durante encontro da Bancada Nordestina com o presidente da Petrobras Biocombustíveis
Deputado Ariosto Holanda (PSB-CE)
(Brasília-DF, 18/09/2013) O deputado Ariosto Holanda (PSB-CE) afirmou nesta quarta-feira, 18, que se a produção de biodiesel acontecesse nas pequenas e microdestilarias situadas no interior do Nordeste, mais de três milhões de pessoas seriam beneficiadas.
Para o deputado socialista, caso o programa de biodiesel levado a cabo pela Petrobras Biocombustíveis englobasse a produção nestes lugares, isso representaria a inclusão de mais de 500 mil famílias do semiárido nordestino na cadeia produtiva do combustível renovável.
A declaração do parlamentar cearense ocorreu durante o “café da manhã” que a Bancada do Nordeste promoveu nesta quarta, no restaurante do 10º andar do Anexo IV da Câmara dos Deputados, que colocou o presidente da Petrobras Biocombustível, Miguel Rossetto, frente a frente com os deputados da região.
Durante a sua intervenção, ainda, o socialista cearense afirmou, que a mamona − por ora descartada pelo dirigente da Petrobras Biocombustíveis para ser utilizada como matéria-prima do biodiesel − precisa apenas que sejam feitas mais pesquisas sobre a oleaginosa, típica do bioma da caatinga, para que a cultura seja melhor aproveitada pelo programa.
Agricultura familiar
“E a minha ideia é resgatar esse programa, que visa à produção de biocombustível a partir da agricultura familiar. Pelos meus cálculos, se a gente viabilizar esse programa, no mínimo, três milhões de pessoas produzirão biocombustível”, garantiu o deputado Ariosto Holanda.
De acordo, com o socialista cearense, ele fez ainda um encaminhamento ao dirigente Rossetto para que se possa constituir um Grupo de Trabalho para estudar a possibilidade de se colocar no Banco do Nordeste um programa exclusivo de biocombustível para a região, que poderia abrir linhas de créditos e financiamento para a realização de pesquisas sobre a mamona.
“E aí, a gente vai resolver os problemas ligados, sobretudo, à produtividade da mamona e de outras oleaginosas”, destacou Ariosto.
Subsídios
Já os deputados Afonso Florence (PT-BA) e Júlio César (PSD-PI) afirmaram, durante o debate com Miguel Rossetto, que o programa de produção do biodiesel a partir de oleaginosas típicas da vegetação nordestinas só terão sucesso com a adoção de políticas que ofereçam subsídios na fomentação dos projetos dos biocombustíveis.
O pessedista piauiense frisou que sem subsídios o uso de oleaginosas endêmicas do Nordeste estará “fadado ao fracasso”. Já o petista baiano destacou que estes subsídios devem vir com a ampliação das isenções fiscais destinadas às várias cadeias produtivas dos biocombustíveis que sejam alternativos ao uso da soja no programa.
Microdestilarias
O deputado Jesus Rodrigues (PT-PI) foi na mesma linha do cearense Ariosto Holanda. O petista piauiense pediu que a Petrobras Biocombustíveis abra um convênio com as várias microdestilarias localizadas no Nordeste para aumentar a produção do etanol proveniente da cana-de-açúcar.
O deputado Amauri Teixeira (PT-BA) foi outro que foi na mesma linha do deputado Ariosto Holanda. Só que o petista baiano entende que a Petrobras Biocombustíveis precisa lançar mais ações de pesquisas para usar as diversas oleaginosas encontradas típicas da região do semiárido.
Parceria com a Embrapa
Para o deputado Fernando Ferro (PT-PE), a Petrobras Biocombustíveis só passará a usar “mais” a mamona como matéria-prima básica do biodiesel se houver um convênio ou uma parceria da nova empresa do setor de combustíveis renováveis com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA).
Mandioca
Por sua vez, o deputado Paulão (PT-AL) pediu que a Petrobras Biocombustíveis amplie as pesquisas que transformam o óleo extraído da mandioca em biodiesel. Segundo o petista alagoano, o uso da mandioca de farta produção no Nordeste no programa dos combustíveis renováveis iria auxiliar “bastante” o desenvolvimento da região.
Bons resultados
Por fim, a deputada Fátima Bezerra (PT-RN) destacou os investimentos que a Petrobras Biocombustíveis vem fazendo no Rio Grande do Norte, onde está aproveitando a “boa” capacidade efetiva das microalgas encontradas em abundância naquele Estado para produzir biodiesel.
(por Humberto Azevedo, especial para Agência Política Real, com edição de Valdeci Rodrigues)