( Publicada originalmente às 17 h 48 do dia 25/08/2020) (Brasília-DF, 26/08/2.020) Após se reunir nesta terça-feira, 25, com o coordenador da Bancada do Nordeste, deputado Júlio César (PSD-PI), em seu gabinete no Ministério da Infraestrutura, o ministro Tarcísio Gomes de Freitas prometeu que os recursos necessários para federalizar o trecho entre a região do médio oeste do […]
(Brasília-DF, 14/08/2013) A Petrobras promete que o início das operações da refinaria Abreu e Lima, localizada em Pernambuco, acontecerá em novembro de 2014. Já as refinarias Premium I e II, localizadas no Maranhão e Ceará, respectivamente, estarão prontas no final de 2017.
Foi essa o compromisso anunciado pelo diretor-executivo da Petrobras, Antônio Eduardo Monteiro de Castro, durante o “café nordestino” realizado pela Bancada do Nordeste nesta quarta-feira, 14, oportunidade em que os deputados da região ouviram dos dirigentes da estatal os planos de investimento da estatal para o período 2013-2017. A reunião se deu hoje, 14, de manhã no restaurante do 10º andar do Anexo IV da Câmara Federal
Segundo os dirigentes da Petrobras, que apresentaram aos deputados nordestinos os planos de ação da estatal para a região – as três novas refinarias do Nordeste, que estão sendo construídas, ou em fase, ainda, de projetos, terão capacidade de produzir 1,13 milhão de barris por dia. Os investimentos da Petrobras na região para o período 2013-2017 serão de aproximadamente R$ 101,66 bilhões.
Ao detalhar a capacidade de produção que as novas refinarias nordestinas os dirigentes da Petrobrás informaram que a maior delas será a Premium I, no Maranhão, com 600 mil barris dia, seguido da Premium II, no Ceará, com 300 mil barris e a Abreu e Lima, em Pernambuco, com produção de 230 mil diários previstos.
“São U$ 236,7 bilhões investidos em cinco anos no período 2013-2017. E dos U$ 236,7 bi, U$ 231,4 são no Brasil. Ou seja, nós temos apenas U$ 5,1 bilhões são investidos pela Petrobras no exterior. E dos U$ 231,4 bilhões investidos no Brasil, U$ 44,2 bilhões nestes cinco anos são em projetos na região Nordeste”, falou o dirigente Antônio Castro.
E falou mais.
“A distribuição no Brasil é uma distribuição que mostra que mais de 60% dos investimentos da Petrobras no País é em exploração e produção nos próximos cinco anos. A segunda área de maior investimento no Brasil é a área de abastecimento, refino, transporte e comercialização, ou seja, o processamento e venda do petróleo e derivados, com U$ 65 bilhões para esta área”, complementou o diretor-executivo.
NORDESTE – Ao especificar os números da empresa no Nordeste, o diretor Antônio Castro falou, ainda, que como a maioria dos investimentos da Petrobras são em AIP (Área de Investimentos de Produção), cerca de 60%, isso significa que a maioria, destes recursos voltados para as áreas de refino, transporte e comercialização estão sendo destinado à região Nordeste. Ele reforçou, também, que entre 2008 a 2012, os investimentos da empresa na região foram de R$ 95,68 bilhões.
“Isso é devido ao grande peso que nós temos na carteira de investimentos do Nordeste das novas refinarias. Ou seja, de toda a expansão dos parques de refino que está havendo no Brasil, a grande maioria de investimentos nesta área é no Nordeste. Porque nós temos em construção a Reman (AM), o primeiro Trem do Comperj (RJ), em planejamento e em fase de projeto para entrar em construção as refinarias Premium I (MA) e II (CE), no Nordeste, o Trem II da Premium I que também está dentro deste orçamento e o 2º Trem do Comperj”, apontou.
E disse mais.
“E eu quero chamar a atenção, sempre que há um debate ou conversa com relação a alguns questionamentos a respeito do Programa de Desinvestimento da Petrobras no Brasil e de que se a Petrobras está planejando vender alguns de seus ativos como as atividades de exploração em terra, eu quero deixar claro e é a primeira observação que faço é que não há nenhum ativo e não há nada previsto a venda de nenhum ativo de campo terrestre no Brasil inteiro, seja no Nordeste, ou seja, em qualquer outra região do Brasil”, continuou.
E foi além na sua fundamentação, justificando que a maioria do investimento da Petrobras se dá no Nordeste.
“E, também, quero pontuar que estamos falando em U$ 44,2 bilhões no Nordeste nestes próximos cinco anos e nos últimos cinco anos, de 2008 a 2012, foram U$ 41,6 bilhões de investimentos da Petrobras na região Nordeste. Então, realmente houve um avanço de cerca, aí, de quase 10% em termos de volume sendo planejados e investidos na região Nordeste”, complementou.
DEMAIS ÁREAS – O diretor-executivo da Petrobras, Antônio Castro, apontou, também, que as demais áreas de investimento da empresa no País serão assim divididas até 2017: Gás & Energia, com previsão de R$ 22,77 bilhões (U$ 9,9 bilhões) de investimentos, seguido de R$ 9,2 bilhões (U$ 4 bilhões) para as áreas corporativas (engenharia, desenvolvimento, pesquisa etc) da Petrobras, R$ 7,36 bilhões (U$ 3,2 bilhões) destinados para a rede de postos da “BR Distribuidora” e R$ 6,67 bilhões (U$ 2,9 bilhões) em investimentos nos programas de biocombustíveis.
Reforçando as palavras do diretor-executivo da estatal, o diretor de exploração e produção da empresa, José Miranda Formigle, afirmou que os planos da Petrobras já estão em execução no curto, médio e longo prazo para os Estados do Nordeste, com um destaque especial, para as áreas de produção e exploração.
CAMPOS MADUROS – Indagado pelo coordenador da Bancada do Nordeste, deputado Pedro Eugênio (PT-PE), sobre a possibilidade de exploração dos “campos maduros” situados no Maranhão pela petrolífera brasileira, Formigle disse que alguns deles foram recentemente adquiridos, para futura exploração.
“Com relação aos campos maduros, no Maranhão, alguns anos atrás a Petrobras fez um levantamento e devolveu a agência (ANP) àquelas concessões que naquele momento não indicavam na nossa visão uma possibilidade de aproveitamento econômico. A ANP ficou com estas áreas, promoveu um leilão, algumas delas foram aquinhoadas por determinadas empresas que são hoje responsáveis por este desenvolvimento. No caso da Petrobrás, as áreas que estão hoje sobre concessão nossa, nós temos trabalhado pesado na manutenção do nível das nossas reservas”, comentou.
E falou mais.
“Então, isso para nós é muito importante porque dá uma longevidade para a unidade. Ou seja, sem reserva nós não temos a continuidade das nossas operações e, aí, sempre entendam que o volume de negócios que a Petrobras movimenta nos Estados, no caso da AIP (Área de Investimentos de Produção), não são apenas os investimentos. A área da manutenção da produção, ou seja, os dispêndios que nós temos para manter a produção são grandes volumes de dinheiro que são movimentados por empresas tanto na área de serviços, como na compra de bens”, emendou.
E foi além.
“Mas no caso específico do Maranhão, estas áreas que existiam lá, tem décadas que estes poços foram abandonados conforme a técnica-demanda e ficaram desde aquele momento da quebra do monopólio sob posse da ANP. Então, o retorno destes campos para a produção depende primeiro deles, os blocos em que eles se situam, serem colocados em leilão. Alguns deles até foram colocados, e hoje são áreas com enfoque na produção de gás. E de alguns destes, já existe produção de gás no Maranhão”, explicou.
NÚMEROS POR ESTADOS – Por fim, o gerente-executivo da área de estratégia e exploração de produção da costa Norte-Nordeste, Mauro Roberto da Costa Mendes, apresentou os números econômicos que a produção de petróleo representa em cada um dos Estados nordestinos, que possui unidades de produção da Petrobras.
Mauro Mendes é o responsável pelas unidades situadas no Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte e Sergipe. Ele mostrou uma visão geral dos investimentos da estatal na região e um passo-a-passo em cada um dos Estados com unidades da estatal.
Segundo ele, a Petrobras trabalha nos próximos cinco anos para manter a produção de 80 mil barris dia nas unidades da empresa na Bahia, o que representará cerca de R$ 450 milhões de royalties e participação especial. Os investimentos nas unidades da Petrobras, na Bahia, será de R$ 3,45 bilhões (U$ 1,5 bilhão). O mesmo valor de investimentos será efetuado pela empresa nos Estados de Alagoas e Sergipe.
Em royalties, que serão pagos aos dois últimos Estados e seus respectivos municípios, a empresa petrolífera projeta pagar R$ 90 milhões em royalties para os alagoanos e cerca de R$ 340 milhões aos sergipanos entre 2013 a 2017. A produção prevista nas unidades de Alagoas e de Sergipe situam na esfera entre 70 mil a 80 mil barris por dia.
Já para o Rio Grande Norte, o total de investimentos para as unidades situadas em terra potiguar é calculada em R$ 3,22 bilhões (U$ 1,4 bilhões) no período dos cinco anos, até 2017, com previsão de produção de 80 mil barris dia e com R$ 540 milhões sendo pagos em royalties tanto para o Estado, quanto para os municípios que possuem exploração petrolífera.
Para o Ceará, os investimentos da Petrobras estão calculados em R$ 3,45 bilhões (U$ 1,5 bilhão), até 2017, com produção prevista para estes próximos cinco anos de seis mil barris por dia e com R$ 70 milhões em royalties sendo pagos tanto ao governo do Ceará, quanto aos municípios cearenses.
(por Humberto Azevedo, especial para Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)
