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(Brasília-DF, 10/07/2013) O deputado Eudes Xavier (PT-CE) ressaltou na manhã desta quarta-feira, 10, a importância que a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) possui para desenvolver a agricultura em toda a região Nordeste.
A declaração do petista cearense ocorreu após o tradicional “café nordestino” que a Bancada do Nordeste promoveu nas dependências da Câmara dos Deputados para ouvir do presidente da empresa, Maurício Lopes, sobre os projetos que a instituição desenvolve na região para diminuir os efeitos da seca na vida dos agricultores e produtores rurais nordestinos.
“As áreas em que os perímetros irrigados tem produção necessita de transferência de tecnologia e isso nós temos que solicitar a Embrapa. Mas todas as vezes que a Bancada, principalmente do PT, e dos outros partidos também, tem procurado a Embrapa, as respostas para esse público é uma resposta positiva”, falou.
E disse mais.
“Se beneficiar a bucha do coco que em tese se vende o coco na praia em que se tem só um outro tipo de estação, é uma revolução tecnológico. O beneficiamento da bucha de coco, que é uma experiência muito exitosa no Ceará, (é importante) porque ela vai ser o piloto (de projeto) para uma região que tem muito desenvolvimento (e) muita produção. Então eu credito isso a Embrapa”, complementou.
ÁFRICA – Questionado sobre as críticas que alguns setores do agronegócio vem fazendo contra a instalação da Embrapa em alguns países do continente africano, Eudes afirmou que quem critica os serviços da Embrapa naquele continente desconhece totatlmente os laços históricos entre os povos do Brasil e da África.
“A Embrapa é para nós uma universidade de tecnologia e tem um dado, eu quero homenagear e saudar a Embrapa por estar (prestando serviços) do Brasil à África. Quem tem preconceito com a África é porque não sabe as raízes históricas vivenciadas da África com o Brasil. E o Brasil tem uma dívida com os países africanos. E agora com o presidente Lula, com a presidente Dilma, se resgata essa relação do Brasil com a África”, comentou.
TIPOS DE RELEVOS – Indagado pela reportagem sobre a declaração do presidente da Embrapa de que os principais problemas da agricultura nordestina e, sobretudo, do semiárido, decorre do fato da falta de “inteligência territorial” que promove plantios de sementes inadequadas aos vários tipos de solos e relevos encontrados na região, o petista não soube falar porque este tipo de problema ocorre.
“Veja bem, tem uma distância cultural entre os povos no mesmo território. Se pegar um agricultor pequeno do Rio Grande do Sul e sentar com ele um agricultor pequeno do Nordeste, vai se notar diferenças de conhecimento e, inclusive, de colonização. Então isso tem que ser observado na minha opinião com muito carinho, com muita pesquisa. Até mesmo porque se tem o solo semiárido”, disse.
E falou mais.
“Se tem, por exemplo, no Piauí o maior reservatório de água subterrânea. É diferente do Ceará que se tem que cavar as áreas (partes) cristalinas. Então tem diferenças e cada caso é um caso. Mas eu acho que quem tem tecnologia, quem tem conhecimento apropriado há muitos anos como a Embrapa, isso não é problema, até mesmo porque as áreas de produção no semiárido tem diferenças radicais. Não tem água, se faz água no semiárido. Então tem que ter uma relação de conhecimento e acho que isso a Embrapa tira de letra”, concluiu.
(por Humberto Azevedo, especial para Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)