( Publicada originalmente às 17 h 48 do dia 25/08/2020) (Brasília-DF, 26/08/2.020) Após se reunir nesta terça-feira, 25, com o coordenador da Bancada do Nordeste, deputado Júlio César (PSD-PI), em seu gabinete no Ministério da Infraestrutura, o ministro Tarcísio Gomes de Freitas prometeu que os recursos necessários para federalizar o trecho entre a região do médio oeste do […]
(Brasília-DF, 26/06/2013) O deputado Alexandre Toledo (PSDB-AL), que participou da reunião da Bancada do Nordeste, nesta quarta-feira, 26, com o ministro do Desenvlvimento Agrário, Pepe Vargas, sobre lançamento do Plano Safra Agricultura Familiar, disse que uma das maiores preocupações manifestada em pronunciamento no encontro, é com a seca. O período chuvoso passou e nada de chuva. Em nome do governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho, disse que é sempre lembrado pelo governador para agradecer a parceria, independente da cor partidária, que tem existido com o Governo Federal. Estava programado para Vargas dar destalhes sobre o Plano Safra Semiárido, porém com o adiamento do lançamento do planom que seria em Salvador,na semana passada, ele decidiu não dar detalhes sobre a nova iniciativa do Governo Federal
Toledo, que foi secretário de Agricultura de Estado, testemunhou o apoio que o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) tem dado ao Estado de Alagoas. O deputado contou que percorreu o sertão no último final de semana. O que faz habitualmente, mas, nesta última oportunidade ficou assustado e com motivos.
“O período chuvoso foi embora e não houve chuva. A coisa é bastante preocupante. Sei que falar de seca já está cansando. Mas não é uma nova seca. É uma continuação dessa seca. E vi créditos aí sendo anunciados e não sei existe a peculiaridade por cultura”, disse.
PALMA – Toledo lembra que apesar de a plantação de palma ter resistido, tem um período longo de recuperação. E, aí, o problema de financiamento que vem ocorrendo é quanto à carência.
“Sabemos que a base principal e que ainda vem salvando foi quem acreditou na palma e a manteve lá. E é uma cultura, que para se recuperar, ela leva aí quatro ou cinco anos. Qualquer financiamento com menos do que isso de carência fica difícil. É só já financiar e sabendo que é um devedor.”
No caso da pecuária, o deputado citou um exemplo da perda do número das cabeças de gado.
“Vi um amigo meu colocando todo seu rebanho à venda, dizendo: ‘Estou colocando à venda porque eu sei que na frente, não vou ter nem quem compre’. E não é só a comida, é a água também para o gado. É mais como um alerta para a gente ir discutindo já com certeza a próxima seca”, disse.
GARANTIA SAFRA – Na opinião de Toledo, o programa Garantia Safra é muito importante para o agricultor e pecuarista, porém o deputado alagoano observa um paradoxo.
“Vi os números do Garantia Safra, que é bom a gente saber que ele está existindo. Mas todo o seguro é bom quando a gente não usa ele. Mas, quase todo mundo usando o garantia safra é uma coisa penosa, mas é importante de demais o Garantia Safra.
ARROZ COM FEJÃO – O deputado citou uma frase que o governador Teotonio Vilela disse há dois ou três anos. “Olhe, o sertanejo tem 10 anos que não tem seca. E ele está perdendo o hábito da convivência com a seca. E a gente precisa estimular, quando via um antigo presidente da Codevasf dizer: ‘a gente tem que fazer o arroz com feijão bem feito do sertanejo’. Porque nós temos uma riqueza cultura muito grande e a gente fica importando culturas para implantar no sertão. Otimiza o que tem lá que a chance de errar é muito menor.
IRRIGAÇÃO – Outra experiência abordada pelo deputado Toledo é do setor da cana de açúcar. Em relação à irrigação plena, não é a ferramenta que resolve.
“O que ainda vem salvando a convivência com a cana no Nordeste, não é a irrigação plena. É a molhação de salvação. É não deixar a cultura morrer. E tenho certeza que um programa desse de molhação, um programa de salvação de cultura, porque se você tivesse a sua cultura viva, quando a chuva vem ela vai embora. Agora se ela morrer não tem jeito”, informou.
Entretanto, para Toledo a irrigação é um componente que está longe da realidade de muitos produtores agrícolas.
“A irrigação é uma coisa muito boa, mas requer muita tecnologia e cultura que agregue valor, o que não é ainda o nosso caso. É mais como uma proposta”
Com relação a crédito, financiamento, endividamento, o deputado defende um programa com maior amplitude e complexidade.
“O crédito, ele existindo, mas não tendo a produção feita, a gente demora. Eu gostaria muito de ver um dia um programa tipo SUS. Com começo meio e fim e os trezentos envolvidos”, arrematou.
(por Maurício Nogueira, especial para a Política Real, com edição de Genésio Araújo Jr.)