( Publicada originalmente às 17 h 48 do dia 25/08/2020) (Brasília-DF, 26/08/2.020) Após se reunir nesta terça-feira, 25, com o coordenador da Bancada do Nordeste, deputado Júlio César (PSD-PI), em seu gabinete no Ministério da Infraestrutura, o ministro Tarcísio Gomes de Freitas prometeu que os recursos necessários para federalizar o trecho entre a região do médio oeste do […]
(Brasília-DF, 29/05/2013) O deputado Pedro Eugênio (PT-PE), coordenador da Bancada do Nordeste, afirmou nesta quarta-feira, 29, que está satisfeito com o número de renegociações de dívidas rurais que foi apresentado nesta manhã pelo presidente do Banco do Nordeste (BNB), Ari Joel Lanzarin.
A declaração do petista pernambucano ocorreu após o encerramento do tradicional “café -nordestino” promovido pela Bancada do Nordeste na Câmara dos Deputados, oportunidade em que o representante da instituição financeira federal apontou que mais de 383 mil operações de créditos rurais da região foram renegociadas, totalizando mais de R$ 3 bilhões.
No entanto, o coordenador da Bancada do Nordeste destacou que apesar dos bons números apresentados pelo BNB, ele está articulando a realização de uma nova reunião que ainda não tem nenhuma data definida com os representantes do Ministério da Fazenda para, em conjunto com aquela pasta, tentar solucionar os casos dos agricultores que não estão sendo atendidos pelas novas regras de renegociação das dívidas rurais.
Ele se disse empolgado com a possível realização de um fórum de entidades nordestinas para discutir o Nordeste.
Estas e outras declarações do parlamentar pernambucano podem ser conferidas na entrevista que ele concedeu após a realização do encontro da Bancada do Nordeste desta quarta-feira que a Política Real publica na sua integralidade.
Política Real: Como o Srº analisa este encontro aqui da Bancada do Nordeste?
Pedro Eugênio: A minha avaliação é extremamente positiva. Nós tivemos um encontro, inclusive, num dia que não é muito favorável devido ao encerramento dos trabalhos (ocorridos) na véspera e nós tivemos uma presença recorde de parlamentares, o que mostra a força da nossa bancada e, também, o interesse que a Bancada tem na ação do Banco do Nordeste.
A proposta (do encontro) não é a importância que o Banco do Nordeste tem no desenvolvimento da região. Portanto, tivemos aqui a palestra-exposição do nosso presidente do Banco do Nordeste, Ari Joel (Lanzarin), que respondeu as perguntas de todos que quiseram formulá-las e mais do que responder as perguntas, nesse processo, surgiram ideias como da realização de um fórum de entidades federais que atuam no desenvolvimento do Nordeste.
Este fórum será, com certeza, muito produtivo, já que tivemos a visita hoje do superintendente da Sudene (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste), (Luiz Gonzaga) Paes Landim, que fez algumas observações pertinentes sobre as necessidades do órgão e do apoio da Bancada neste sentido e nós faremos uma reunião depois com a Sudene. E aí ficou evidente de fazermos uma monitoração entre Banco do Nordeste, Sudene, Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco) e DNOCS (Departamento Nacional de Obras Contra às Seca) e que suas atuações devem estar coordenadas.
Portanto, esse fórum terá a primeira reunião lá (na sede) do Banco do Nordeste (em Fortaleza-CE) num Congresso bem no dia de aniversário (de fundação) do Banco e, deste Congresso, a Bancada participará com certeza.
Política Real: Nós questionamos o presidente do Banco sobre a articulação da Bancada do Nordeste na possibilidade de avançar na questão das dívidas rurais e ele disse que o Banco está preparado. Qual a sua avaliação sobre isso?
Pedro Eugêncio: Olha, o Banco demosntrou aqui na apresentação que o presidente fez, que está atuando de acordo com as Medidas Provisórias (já convertidas em Leis) que regulamentaram a matéria e, também, nas resoluções do Conselho Monetário Nacional (CMN) que tem avançado muito na renegociação das dívidas, além da atuação normal, financiando o desenvolvimento da região.
Mas especificamente no que diz respeito a seca, (o BNB) tem números já expressivos, com mais de R$ 3 bilhões já renegociados e mais de 300 mil operações feitas. Então são números expressivos. Evidentemente que acontecem aqui e acolá, quando nós fazemos as discussões sobre dívida, produtores que por diversas razões não se enquadram na Lei e que reivindicam o enquadramento.
E aí, por isso, estamos solicitando uma reunião com o Ministério da Fazenda que é quem define as políticas e não o Banco do Nordeste o foco deste tipo de discussão, que (apenas) executa o que a Lei define e nós vamos discutir com o Ministério da Fazenda justamente casos que não estejam enquadrados, mas com a convicção pela exposição que aqui ouvimos, de que a larga maioria dos produtores atingidos pela seca estão aptos a fazerem as suas renegociações.
(por Humberto Azevedo, especial para Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)